Faça chuva ou faça sol, os banqueiros estão sempre de boa. Lucros dos cinco maiores em 2022 subiu a R$ 106,7 bilhões

Publicado 30/05/2023
Não é sem razão que o Brasil é considerado o paraíso dos rentistas, classe de parasitas que orbitam em torno da dívida pública, bradam por rigor fiscal contra os pobres e enchem as burras com as taxas de juros reais mais altas do mundo.
Pois em 2022, apesar dos impactos negativos causados pela crise das Lojas Americanas, que exigiu a constituição de provisionamentos extraordinários para fazer frente a eventuais prejuízos, os cinco maiores bancos do país (Bradesco, Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Caixa Econômica e Santander) abocanharam lucros que somam R$ 106,7 bilhões, com alta média de 2,5% em doze meses.
O fato é destaque na 18ª edição do estudo Desempenho dos Bancos, produzido pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Em 31 de dezembro de 2022, o total de ativos das cinco maiores instituições bancárias do país atingiu R$ 8,9 trilhões, alta média de 9,2% em relação a dezembro de 2021. Grande parcela dos ativos desses bancos corresponde às suas operações/carteiras de crédito, cujos montantes, somados, totalizaram R$ 4,6 trilhões ao final de 2022, com crescimento de 12,2% no período. O patrimônio líquido (PL), que representa o capital próprio dos cinco bancos, atingiu R$ 694,3 bilhões, alta de 8,5% em doze meses.
A taxa de juros abusiva praticada pelo Banco Central sob a batuta de Campos Neto (o novo Bob Fields), que para os pobres significa aumento das dívidas e da inadimplência, é uma fonte dos lucros extraídos por este privilegiado ramo da economia nacional, que não só vive à margem das crises como também se alimenta delas. Faça chuva ou faça sol neste sofrida e injusta nação, banqueiros e rentistas em geral estão sempre de boa, nadando em dinheiro e festejando recorde sobre recorde de lucros.