Alckmin diz que reforma tributária tem que ser feita neste ano

Publicado 06/03/2023 - Atualizado 06/03/2023
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, defendeu nesta segunda-feira (6) que a reforma tributária prometida pelo governo seja feita ainda este ano. “Tem que ser rápido. Aproveitar o primeiro ano [de governo]”, enfatizou, sobre o esforço para aprovação de uma proposta que simplifique a cobrança de impostos e tributos no país.
A declaração do também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços foi feita durante a abertura de um seminário promovido pela Federação Nacional dos Engenheiros na capital paulista.
Para Alckmin, os tributos que incidem sobre mercadorias e serviços, que são federais, estaduais e municipais, deveriam ser unificados em um único imposto, no mesmo modelo usado em outros países. “O mundo inteiro tem IVA [Imposto sobre Valor Agregado]. Nós temos PIS, Confins, ICMS, ISS. O mundo inteiro tem um [tributo sobre mercadorias e serviços]”, disse.
O vice-presidente considera a mudança fundamental para melhorar a competitividade das indústrias brasileiras que, na opinião dele, sofrem com a alta complexidade do sistema tributário brasileiro. “Nós estamos tendo uma desindustrialização precoce. Nós não somos um país rico, somos um país em desenvolvimento. Nós precisamos de uma agenda de competitividade”, ressaltou.
Patentes
Como ministro, Alckmin afirmou que pretende reduzir o tempo necessário para conseguir a aprovação de uma patente no Brasil. “Nós vamos abreviar o prazo de marcas e patentes. Porque se eu levo dez anos para registrar uma patente, eu vou investir lá fora, não vou investir no Brasil. Porque quando eu registrar a patente já está superada”, comparou, em relação ao serviço prestado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), vinculado ao Ministério do Desenvolvimento.
Exportações
O vice-presidente anunciou ainda que “em breve” será lançado um programa de incentivo às exportações em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ele não detalhou, no entanto, como será a iniciativa. “Em muitas áreas, se você não exportar, você não consegue manter aquele setor industrial. Vai ser lançado um grande programa junto ao BNDES fortalecendo as exportações brasileiras”, prometei. Informações da Agência Brasil.