UBM leva teatro e feminismo à Cúpula dos Povos

Aos 7 anos a carioca Rosa Bittencourt começou a trabalhar nas fábricas de tecido, na cidade serrana de Teresópolis. O tempo passou e Rosa se engajou na luta por melhores condições de trabalho e se tornou uma das primeiras feministas no Brasil. Sua história de vida foi encenada na manhã da última terça-feira (19), por volta das 10h, na Tenda Eliane de Grammont, na atividade da União Brasileira de Mulheres (UBM).

 

A peça Últimos Heróis da Resistência, que narra a história da Rosa Bittencourt, começou por volta das 10h, com a apresentação da companhia carioca de teatro Engenho do Teatro, com muita música e animação. A atividade ficou sob direção da coordenadora da UBM-RJ e integrante da Executiva Nacional da UBM, Helena Piragibe, da secretaria de Relações Internacionais da UBM, Liege Rocha, e da integrante da UBM-PR, Maria Isabel Corrêa.

A história de Rosa Bittencourt veio à tona neste ano, durante o trabalho realizado pelas mulheres do PCdoB no estado do Rio de Janeiro, que construíram um calendário com os principais nomes da luta feminista do PCdoB, por conta das comemorações dos 90 anos do partido. Assim, Rosa, que foi a primeira mulher a se filiar à legenda no Rio, teve seu espaço garantido no calendário.

“Fizemos um trabalho baseado nos 90 anos do PCdoB, daí demos um tom bastante político à peça, reforçando os traços históricos do país e, claro, dando um tom pastelão, de comédia, para envolver o público e despertar a curiosidade para a história do partido”, explicou Paulo Roberto Pulga, produtor executivo e um dos fundadores da companhia. O Partido comemorou nestes ano seus 90 anos.

Ao final da apresentação, Liege Rocha, da Executiva Nacional da UBM, contou ao público presente o papel da organização de mulheres e seu engajamento na luta pelas bandeiras feministas. Algumas pessoas deram início a um debate sobre a participação da mulher no processo eleitoral deste ano, nas eleições municipais em todo país.

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“Eles [homens] não querem a mudança e a nossa participação. A maioria dos partidos, que são comandados por homens, não querem dividir o espaço com nós mulheres. Infelizmente tenho constatado isso”, declarou Neide de Oliveira Costa Ramos, militante da Marcha Mundial das Mulheres.

Em resposta, Liege Rocha lembrou das conquistas feministas em 2009, com a minirreforma política que garantiu a obrigatoriedade de no mínimo 30% de mulheres candidatas e 5% do fundo partidário para atividades de formação de mulheres .

“Mas não basta ser mulher. Tem que ter proposta e programa de governo que defenda os direitos e a igualdade entre gêneros. Temos que ficar atentas e vigilantes também para que essas novas regras sejam cumpridas”, enfatizou a feminista comunista.

Fonte: Portal Vermelho

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