Só com fim da desigualdade o Brasil melhora, dizem entrevistadas em programa da Globo

Em entrevista no programa “Conversando com Bial”, da Rede Globo, a economista de Direitos Humanos Alessandra Orofino, a estudante Tabata Amaral Pontes e a cientista política Ilana Szabó desbancaram a intenção de criminalizar a política. O apresentador Pedro Bial começou citando algumas frases muito difundidas pela mídia burguesa para as três comentarem.

1 – “Todo político é farinha do mesmo saco”.

Ao discordar desse clichê, Alessandra Orofino argumenta que os políticos são “submetidos a uma estrutura de incentivos muito perversa”. Participam de “um jogo com regras ultrapassadas e muito ruins”. De acordo com a economista não se pode generalizar. Existe “gente excelente dentro da política, tentando fazer coisas excelentes”.

2 – “Corrupção é o maior problema do Brasil”.

A estudante Tabata Amaral Pontes pediu a palavra discordando dessa afirmação. Para mim, disse ela, “a baixa qualidade da educação é o maior problema do Brasil”. Ao complementar seu raciocínio, a estudante que cursa a conceituada Universidade Harvard, Estados Unidos, disse que somente “quanto tiver crianças e jovens com oportunidades parecidas e com uma boa educação”, o país “não vai ter problema de segurança, de saúde, de corrupção”…

Nesse momento, a cientista política Ilana Szabó afirmou que “educação é solução. Para mim o problema é a desigualdade”. Do jeito que está “a gente está matando todos os dias o futuro”, em referência ao elevado número de jovens mortos diariamente no país.

Szabó reforça ainda que “enquanto a gente não olhar para o tamanho da desigualdade no país, a gente não vai conseguir um país simples, humano e sustentável para todos”. Isso porque com esse governo ilegítimo, o país aprofunda as desigualdades em vez de combatê-la.

3 – “A renovação da política brasileira passa pela representação feminina?”

A resposta foi unânime em afirmar que é necessário ter mais mulheres na política e em todas as instâncias com poder de decisão. Na política a representação feminina é ínfima, cerca de 10% das congressistas. Em cargos majoritários, o número de mulheres é ainda menor. O mercado de trabalho discrimina as mulheres, que ganham cerca de 30% a menos que os homens em funções iguais.

Portal CTB – Marcos Aurélio Ruy. Foto: Reprodução Rede Globo

Confira o que as três entrevistadas disseram: 

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