O carnaval no cinema retrata a vida e a alma do brasileiro

 

A sétima arte apresenta a maior festa popular do país e a sua força no imaginário dos brasileiros. A união das duas expressões artísticas reforça a nossa cultura popular. De Carmen Miranda a Chico Buarque, de Oscarito a Lázaro Ramos, as películas apresentam na telona as vicissitudes carnavalescas e a esperança de que a festa nunca se acabe na quarta-feira de cinzas. A CTB indica alguns deles que marcam a história da cinematografia nacional:

 Alô Alô Carnaval (1936), de Adhemar Gonzaga e Wallace Downey. O filme narra as dificuldades de dois produtores em custear a revista musical Banana da Terra. Com Carmen Miranda, Oscarito, Lamartine Babo e Almirante no elenco.

Orfeu Negro (1959), de Marcel Camus. A película baseada na peça de Vinicius de Moraes Orfeu da Conceição, levou a Palma de Ouro em Cannes e o Oscar de melhor filme estrangeiro em 1960. Com trilha sonora de Tom Jobim e Luís Bonfá, o motorista Orfeu cai de amores por Eurídice e desce do Olimpo da favela para o inferno do asfalto em busca de sua amada.

 

Quando o Carnaval Chegar (1972), de Cacá Diegues. Traz no elenco Chico Buarque, Nara Leão e Maria Bethânia e narra as dificuldades enfrentadas por uma trupe de artistas. A direção de Diegues e a trilha sonora são impecáveis. Uma obra de denúncia da ditadura e esperança no futuro.

 

Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976), de Bruno Barreto. Por muitos anos, a obra baseada em livro homônimo de Jorge Amado, liderou o ranking de maior bilheteria nacional, só perdeu o trono em 2010 para Tropa de Elite 2. Durante o carnaval de 1943 na Bahia, um mulherengo e jogador inveterado morre repentinamente e sua mulher Dona Flor, que algum tempo depois se casa com um farmacêutico por demais recatado. O espírito do ex-marido retorna para a cama de Dona Flor, que vive feliz com os dois maridos sem ser bígama.

Orfeu (1999), de Cacá Diegues. Refilmagem de Orfeu Negro traz no elenco Toni Garrido, Patrícia França e Zezé Motta. Traz a marca indelével do grande cineasta Cacá Diegues, que mesmo num remake deixa a sua cancela autoral.

 

Ódiquê (2004), de Felipe Joffily. Três amigos cariocas se envolvem com um milionário e com uma rede de crimes com objetivo de arrumar dinheiro para passar o carnaval em Arraial D’Ajuda, na Bahia.

 

Ó Paí, Ó (2007), de Monique Gardenberg. Baseado em peça de Márcio Meirelles e com trilha sonora de Caetano Veloso, o filme mostra com delicadeza as agruras dos moradores de um cortiço no centro histórico de Salvador. Mostra o preconceito, a violência e a sede de viver desses moradores.

Portal CTB

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