Francisco Pantera: A Arte de Cazuza

“Vida louca, louca vida”
Vida delirante e confusa
“Já que eu não posso ti levar”
Ver se não me abusa
“Hoje eu tô meio Renato e Chico”
Hoje eu tô Cazuza.

Ninguém rouba a minha coragem
Estou acobertado pela filosofia
Me danei a estudar
O sentido da ideologia
É sentido da vida
Como Cazuza já dizia.

“Me chamam de ladrão, de bicha maconheiro!!
Que deixem falar
“Transformam o país inteiro num puteiro”
Tudo fazem pra nos calar
“Pois assim se ganha mais dinheiro”
Calma! Não podemos fraquejar.

A ganância do capitalismo
É verme dessa sociedade
Ao seu egoísmo mesquinho
Não devemos ter piedade
Ele deve ser enterrado
Com seu conteúdo de validade.

“Tem o certo”
Quando tem paixão
“Tem o errado”
Quando tem ilusão
“E tem todo o resto”
No meio da escuridão.

Tudo é conceito
Entre o sagrado e o profano
Eu gosto de você
“Eu preciso dizer que te amo”
Nesse jogo da vida
“Te ganhar ou perder sem engano”.

Não siga ninguém cegamente
“Não aconselharia nem um cachorro”
A opção é sua
Com minhas maluquices a subir o morro
“A me seguir na rua”
Protestando, e em canalha dando esporro.

Agora estamos cúmplices
“O meu amor está perigoso”
“Mas não faz mal”
No amor nada é doloroso
“Eu morro mais morro amando”
“Ser marginal foi uma decisão poética” nisso me repousa.

“Tudo é tão simples”
Porto Velho Capital
“Cabe num cartão”
Sua visão aérea espacial
Cidade dos poetas
De grande contraste social.

Seja valente
O mundo precisa de mudança
A vitória está próxima
“Quem tem um sonho não dança”
“Não diga que a vitória esta perdida”
“Quem vem com tudo não cansa”.

Viva a vida!
Encare os obstáculos
“Você está vivo”
“Esse é seu espetáculo”
“Por mais que se perca no caminho”
Você é um deus no oráculo.

Não encare a vida
Como um sofrimento
“O tédio é moderno”
Depende do sentimento
“A solidão a dois”
É coisa sem tormento.

Conquistar a felicidade
Amanhã eu vou
Na alvorada do sol
Com ele eu estou
Nada me atrapalha
“… Faz parte do meu show…”

Estou desconfiado de tudo
Nem “as mentiras sinceras me interessam”
“A sua piscina está cheia de ratos”
Por falar a verdade me detestão
“A burguesia fede”
É perfume vencido sem solução.

“Homem que é homem volta atrás”
“Até nas coisas mais banais”
“Mas não se arrepende de nada”
Reconhece o erro e fica mais capaz
Sou muito otimista
Num mundo cheio de paz.

“O poeta não morreu”
“Continua a impulsionar a grande roda da história”
Cazuza você é eterno
Guardado na nossa memória
Assim seguimos cantando
Sua música até chegar á vitória.

Por Francisco Batista Pantera (professor, poeta, jornalista e presidente da CTB-RO).

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