O 48º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro começa nesta terça-feira (15), com uma sessão especial para convidados que exibirá o longa-metragem “Um filme de cinema”, de Walter Carvalho. O homenageado desta edição é o irmão de Walter, o cineasta e documentarista paraibano Vladimir Carvalho, 80 anos.
Até a terça-feira (22), o festival exibirá longas e curtas inéditos, que concorrem ao Troféu Candango. No famoso Cine Brasília, a bilheteria será aberta na quarta-feira (16), às 17h. A entrada custa R$ 12 (inteira) e R$ 6 (meia).
Motivado pelo Cinema Novo (movimento que revolucionou o cinema brasileiro), o historiador, crítico de cinema e professor Paulo Emílio Sales Gomes, da Universidade de Brasília, coordenou a Semana de Cinema Brasileiro, de 15 a 22 de setembro de 1965, já sob a ditadura militar, na edição inaugural do festival de cinema candango.
Além de ser o primeiro do país no gênero, ganhou repercussão nacional e mundial por exigir que os filmes inscritos para competir fossem inéditos. Acompanhe a programação pelo site www.festbrasilia.com.br. Ou pelo Facebook aqui.
Com apoio do Ministério da Cultura, o FestBrasília é organizado pela Secretaria de Cultura do Distrito Federal. Mudou o nome para Festival de Brasília de Cinema Brasileiro a partir de 1967 para valorizar ainda mais o projeto. Por causa da forte censura, deixou de ser realizado de 1972 a 1974, quando o país vivia sob a ditadura do general Emílio Garrastazu Médici.
Passam pelo festival este ano mais de 60 obras de todos os cantos do país, aproveitando os bons ventos que sopram para o cinema brasileiro, com muitas películas de qualidade despontando para o grande público, e um aumento no número de salas de exibição. Além da Mostra Competitiva, o Festival apresenta as mostras: Brasília – Troféu CLDF, Panorama Brasil, Continente Compartilhado e o Festivalzinho, para as crianças.
O homenageado
Vladimir Carvalho é um cineasta e documentarista paraibano que em janeiro completou 80 anos. Ele integrou o Cinema Novo com a proposta de levar para a telona a alma dos brasileiros. Dirigiu entre outros: “O país de São Saruê” (1971), “O espírito criador do povo brasileiro” (1973) e “Rock Brasília – era de ouro” (2011).
Marcos Aurélio Ruy – Portal CTB
