A Arte de Jackson do Pandeiro

Como é vasta
A música do povo brasileiro
A nossa musicabilidade
Encanta o mundo inteiro
A ginga, o canto e a criatividade
Está no dia a dia desse povo festeiro.

Tudo tem uma origem
Nada nasceu proto e acabado por inteiro
Assim é nossa música
Sempre teve o impulso primeiro
Um gênio que deu origem a vários ritmos
Foi o inesquecível Jackson do Pandeiro.

De origem humilde
Era um grande paraibano
Além de um grande artista
Era um majestoso ser humano
Assim era Jackson do Pandeiro
Cantava de tudo: Do sangrado as entranhas do profano.

“Vige como tem Zé
Zé de baixo, Zé de riba
Desconjuro com tanto Zé
Como tem Zé lá na Paraíba”
O meu avô era Zé Roberto
Casado com Maria benzedeira querida.

Sua arte musical
Misturava, frevo, samba, xote, xaxado, marcha, baião…
Suas músicas foram cantadas de skanque
Até Luiz Gonzaga o grande rei do baião.
Era um artista fenomenal
Na arte do cantar e da composição.

“O meu clube tem um time de primeira
Sua linha atacante é artilheira
A linha meia é tal qual uma barreira
O centroavante corre bem na dianteira”
“Esse jogo não é a um”
Sua composição era o cotidiano a brasileira.

“Na vitória ou na derrota
“Mengo” eu estou com você
Ser flamengo é ser feliz
Sou flamengo até morrer.”
Tinha um detalhe, era flamenguista
Gostava de sofrer.

“Eu fui feliz lá no bodocongó
Com meu barquinho, de um remo só
Quando era lua, com meu bem, remava a toa
Ai, ai, ai, que vida boa lá no meu bodocongó”
Essa música cantada por Elba Ramalho
Só faz lembrar o grande sertão do meu Caicó.

“A ema gemeu no tronco do juremar
Será que é nosso amor, morena que vai se acabar?
Você bem sabe, que a ema quando canta
Traz no meio do seu canto um bocado de azar”
Misturava o romantismo popular
Com o forró pé de serra gostoso de cantar.

O cantor e compositor Jackson do Pandeiro
Continua até hoje a impulsionar a música popular brasileira
Um dos patriarcas do forró
Sua música é patrimônio dessa nação forrozeira
Desse povo que é feliz
Que tem uma cultura diversificada e maneira.

A sua música
Tem algo diferente
A forma de soltar as palavras
Torna-se a musicabilidade irreverente
Cantou a Paraíba sua terra natal
De puxador de enxada transformou-se num artista proeminente.

“É de lei a gente cantar
É de lei a gente batucar
É de lei a gente sambar
É de lei a gente balançar”
Pela sua genialidade artística
É de lei esse artista homenagear.

Por Francisco Batista Pantera (Professor, Jornalista, Poeta e Presidente da CTB/RO).

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