Contag alerta trabalhadores rurais: “a pandemia não acabou!”

A diretoria da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares) lançou uma nota pública, nesta quinta-feira (20), para alertar a categoria sobre os riscos da pandemia do novo coronavírus no Brasil. Nas últimas semanas, devido à expansão da variante ômicron, o País vive um repique acelerado de casos de Covid-19.

“Além da preocupação com a Ômicron, assusta ainda o surto de gripe causado pelo vírus influenza a H3N2 que se espalha pelo Brasil, causando grande procura por atendimento na área da saúde”, informa a Contag. “Diante deste preocupante quadro, o Sistema Confederativo (Sindicatos, Federações e Contag), reafirma a importância de mantermos a luta pela vacinação em massa da população, inclusive das nossas crianças, pois segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, já morreram por Covid-19 mais de 300 crianças entre 5 a 11 anos.”

Confira abaixo a íntegra da nota:

Trabalhador(a) rural agricultor e agricultora familiar, a pandemia não acabou! Vamos nos cuidar! Vacina Já!

Últimos dados sobre a Covid 19 (levantamento de 19 de janeiro de 2022) constatam que o Brasil registrou nas últimas 24 horas, 205.310 novos casos de contaminação por Covid 19. Este é o maior número de casos por dia desde o início da pandemia. Mesmo com número de casos elevado, graças à vacinação, os óbitos não acompanham a mesma proporção, registrando neste mesmo dia, 349 falecimentos provocados pela doença.

Os novos casos se dão em função da chegada da nova variante Ômicron, que tem grande velocidade de transmissão (altamente contagiosa) e com cerca de 50 mutações e capacidade de causar infecções em curto espaço de tempo, podendo sobrecarregar rapidamente o Sistema de Saúde brasileiro.

A situação só não é mais grave, graças ao número de pessoas vacinadas. Hoje, o Brasil tem 75,53% da sua população com a primeira dose e 68,73% com a segunda dose ou dose única. Porém, infelizmente, em função da ausência de dados desde dezembro de 2021, do Ministério da Saúde, não é possível levantar números atualizados sobre a população vacinada com a terceira dose ou dose de reforço.

A importância da vacinação contra a Covid 19 é tamanha, que se compararmos 2021 e 2022 com a chegada da variante Ômicron, constataremos que em abril do ano passado mês de maior pico de casos no país, a média diária de novos casos foi de 63.675 por dia com 2.742 óbitos diários. Já em 2022, até o atual momento temos uma média diária de 51.354 novos casos e 136 óbitos por dia.

Apesar da redução do número de óbitos, estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alerta para a possibilidade de colapso na rede de internação nas UTIs. Em nota técnica sobre a ocupação dos leitos de UTI em função do avanço da Ômicron, a Fundação aponta que os estados com maior número de ocupação até esta data são; Pernambuco 82% de ocupação de leitos, Distrito Federal com 74%, Pará 71%, Espírito Santo 71%, Ceará 68%, Goiás 67%, Piauí 66%, Bahia 63% e Tocantins com 61%. Entre as capitais a preocupação paira sobre: Goiânia com 94% dos leitos ocupados, Fortaleza 88%, Belo Horizonte 84%, Recife 80%, Vitória 77%, Porto Velho 76%, Brasília 74%, Salvador 68% e Maceió com 68%. 80% destas ocupações são de pessoas não imunizadas ou que tomaram apenas a primeira dose. Uma demonstração clara da importância da vacinação!

Além da preocupação com a Ômicron, assusta ainda o surto de gripe causado pelo vírus influenza a H3N2 que se espalha pelo Brasil, causando grande procura por atendimento na área da saúde.

Diante deste preocupante quadro, o Sistema Confederativo (Sindicatos, Federações e Contag), reafirma a importância de mantermos a luta pela vacinação em massa da população, inclusive das nossas crianças, pois segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, já morreram por Covid-19, mais de 300 crianças entre 5 a 11 anos.

É importante frisar que apesar do negacionismo e das notícias falsas que desqualificam a eficácia da vacinação, outro estudo realizado pela Fiocruz, confirma a segurança e eficácia da vacina da Pfizer para as crianças de 5 a 11 anos. A Pfizer tem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e de outras autoridades sanitárias mundiais. A Fiocruz ainda constata que 80% de pais, mães e/ou responsáveis por crianças e adolescentes pretendem vacinar seus filhos contra a Covid-19.

Nos solidarizamos com as famílias que tiveram perdas pela Covid 19, com toda a rede de profissionais da saúde que incansavelmente vêm lutando contra a Covid e mais uma vez convidamos a população brasileira, em especial, os(as) trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares, a continuarmos seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde no combate à Covid 19, mantendo o uso de máscara, evitando aglomerações, com higienização dos espaços de superfície e das mãos, uso de álcool gel e vacina no braço!