Presidente interino suspende planos de demissão e alienação de imóveis nos Correios

Publicado 06/01/2023 - Atualizado 08/01/2023
O presidente interino dos Correios, Heglehyschynton Marçal, suspendeu os planos de Demissão Incentivada (PDI) e de alienação de imóveis anunciados pelo seu antecessor, o general do Exército Floriano Peixoto Vieira Neto.
As medidas foram programadas para este mês pelo militar aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, apesar dos lucros de R$ 1,5 bilhão da estatal em 2022, apenas duas semanas antes de deixar o cargo.
A interrupção acontece após denúncia do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios, Telégrafos e Similares de São Paulo, Grande São Paulo e zona postal de Sorocaba (Sintect-SP), filiado à CTB, e da Federação Interestadual dos Empregados da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Findect).
“A ação do presidente interino dos Correios, de suspender PDI anunciado pela gestão anterior em fim de mandato, é correta numa empresa que precisa ser recuperada, reestruturada, reorganizada e melhorada. A ECT precisa reconfigurar seu quadro de funcionários, que diminuiu de 127 mil para 88 mil nos últimos anos, enquanto os serviços não param de aumentar, com as entregas de encomendas e […] negócios em logística, telefonia e serviços digitais. […] Os Correios precisam de mais funcionários, de concurso público, de investimentos em tecnologia, de valorização dos trabalhadores, de reorganização interna para corrigir problemas, de reabertura de unidades e chefias melhor preparadas, entre outras medidas”, aponta o Sintect-SP em nota publicada nas redes sociais.
O novo presidente efetivo dos Correios ainda será anunciado pelo ministro das Comunicações Juscelino Filho.