‘Quero ser ministro de um país que põe a vida e a dignidade em 1º lugar’, diz Silvio Almeida

Publicado 03/01/2023 - Atualizado 04/01/2023
O novo ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, arrancou aplausos efusivos com o seu discurso de posse, na manhã desta terça-feira (3), em Brasília.
O advogado disse que encontrou a pasta em situação “arrasada” e, além de criticar o governo passado, prometeu resgatar a importância das ações do órgão.
Como primeira medida de sua gestão, ele prometeu revisar cada ato “ilegal, baseado e praticado no ódio e no preconceito”.
“Trabalhadoras e trabalhadores do Brasil, vocês existem e são valiosos para nós. Mulheres do Brasil, vocês existem e são valiosas para nós. Homens e mulheres pretos e pretas do Brasil, vocês existem e são valiosos para nós. Povos indígenas desse país, vocês existem e são pessoas valiosas para nós. Pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis, intersexo e não binárias, vocês existem e são valiosos para nós. Pessoas em situação de rua, vocês existem e são valiosas para nós. Pessoas com deficiência, pessoas idosas, anistiados, filhos de anistiados, vítimas de violência, vítimas da fome e da falta de moradia, pessoas que sofrem com falta de acesso à saúde, companheiras empregadas domésticas, todos e todas que sofrem com a falta de transporte, todos e todas que têm seus direitos violados, vocês existem e são valiosos para nós. Com esse compromisso, quero ser ministro de um país que põe a vida e a dignidade em primeiro lugar”, enumerou.
Silvio também afirmou que uma de suas principais missões é enfrentar o alto índice de homicídio de jovens pobres e negros. Ele revelou que conversará com o ministro da Justiça, Flávio Dino, para uma ação conjunta das pastas.
Entre outras ações, Almeida se comprometeu ainda em recriar o conselho para elaboração de políticas voltadas para pessoas LGBTQIA+.
“Direitos humanos não é pauta moral, é pauta política, não é um emblema, é a oportunidade para o Estado cumprir o que está na Constituição”, afirmou.
Durante o governo de Jair Bolsonaro, a pasta tinha o nome de Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e foi chefiado pela senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF).