Pressionar deputados para evitar congelamento dos salários dos servidores

O Projeto de Lei Complementar (PLP) 39/20 aprovado no Senado federal no sábado (2) contém mais um ataque aos trabalhadores públicos, afirmam representantes dos trabalhadores e trabalhadoras do segmento. Em meio a medidas de socorros de Estados e Municípios, que são indispensáveis, o PLP inclui o congelamento de salários dos trabalhadores do setor público até 2021, que resultou de articulação entre a equipe econômica do governo federal e a presidência do Senado. Segundo Adilson Araujo, presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a ordem agora é pressionar os deputados pela rejeição do PLP na Câmara.

“A CTB rejeita com energia este novo ataque ao funcionalismo e à classe trabalhadora brasileira, que em vez de contribuir para a recuperação da economia tende a agravar a crise ao reduzir a capacidade aquisitiva do povo trabalhador e enfraquecer o mercado interno. Impõe-se neste momento dialogar com os deputados e pressionar a Câmara Federal para impedir a consumação desta injustiça contra os servidores”, afirmou Adilson.

João Paulo Ribeiro, o JP, secretário de Serviço Público da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), lembrou em entrevista recente ao Portal CTB que uma boa parte dos trabalhadores do setor público, na ponta, é mal-remunerada. “A imprensa distorce a imagem do trabalhador”, disse. Segundo ele, a taxação das grandes fortunas não entra no debate porque o objetivo é cortar salário do trabalhador que implementa as politicas públicas e está na linha de frente no enfrentamento da pandemia.

Convocação

Jp fez uma convocação aos trabalhadores e trabalhadoras públicos em todo o país: “Nossas vidas estão em jogo. O momento é de pressão total ao deputado que você elegeu no seu Estado. Cobre do parlamentar ou da parlamentar a responsabilidade com os trabalhadores e com o serviço público. O serviço publico não dá prejuízo, salva vidas”.

De acordo com ele, os trabalhadores são favoráveis a ajuda aos Estados e municípios mas querem a exclusão do artigo 8º que prevê o congelamento de salários. “Não temos negociação política, não temos negociação salarial. Não temos direito a nada e agora querem rebaixar o poder de compra. Por isso é importante a pressão como fizemos à época da reforma trabalhista que destruiu direitos e fez com que muitos parlamentares não se reelegessem”.

Para encaminhar um email para o deputado do seu Estado acesse o link abaixo e digite o nome do parlamentar ou da parlamentar

https://www2.camara.leg.br/deputados/pesquisa/fale-com-o-deputado

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