Presidente da CTB, Adilson Araújo, acompanha defesa de Dilma Rousseff no Senado federal

O presidente da CTB, Adilson Araújo, foi um dos convidados da presidenta Dilma Rousseff a acompanhar a sua defesa nesta segunda-feira (29) no Senado federal.

Ex-ministros, assessores e lideranças de movimentos sociais assistem, da tribuna do plenário, à defesa da presidenta Dilma, que começou pouco depois das 9hs e seguirá, provavelmente, até a noite.

Entre os presentes estão o cantor e compositor Chico Buarque e o ex-presidente Lula, além do presidente do MST, João Paulo, e do coordenador do MTST, Guilherme Boulos.

Chico Buarque vem participando no Rio de todos os atos pró-democracia e contra o impeachment da presidenta Dilma. É uma das principais vozes do campo artístico a se posicionar contra o golpe e em defesa do mandato de Dilma e da democracia.

Eu seu discurso inicial, na abertura da sessão no Senado, Dilma Rousseff fez menção à uma fotografia que se tornou um símbolo da luta da presidenta contra a ofensiva golpista que tenta consolidar hoje, segunda-feira (29), a ruptura institucional no país.

Confira abaixo, um trecho de sua fala:

“Esse é o segundo julgamento a que sou submetida em que a democracia tem assento, junto comigo, no banco dos réus. Da primeira, fui condenada por um tribunal de exceção. Daquela vez, além das marcas dolorosas da tortura, ficou o registro em uma foto (abaixo), da minha presença diante dos meus algozes, no momento em que eu os olhava de cabeça erguida, enquanto eles, escondiam seus rostos, com medo de serem reconhecidos e julgados pela história. Hoje, 4 décadas depois, não há prisão ilegal. Não há tortura. Meus julgadores chegaram aqui pelo voto. O mesmo voto popular que me conduziu a presidência. Tenho por todos, por isso, o maior respeito. Mas, continuo de cabeça erguida olhando nos olhos dos meus julgadores. Apesar das diferenças, das grandes diferenças, sofro de novo o sentimento de injustiça e o receio de que, mais uma vez, a democracia seja condenada junto comigo. E não tenho dúvidas de que também desta vez, todos nós seremos julgados pela história.”