Pobreza bate recorde com governo Bolsonaro

Publicado 05/12/2022 - Atualizado 05/12/2022
O governo Bolsonaro acelerou as desigualdades sociais no Brasil. Ao passo que uma pequena minoria ampliou a fortuna, milhões de brasileiros foram jogados na pobreza. No ano passado, 62,5 milhões de pessoas viviam nessa situação. Em outras palavras, o número equivale a 29,4% da população do país.
Do total, 17,9 milhões estavam na extrema pobreza. Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) usam o método do Banco Mundial. O cálculo situa a linha de pobreza nos rendimentos até R$ 486 mensais. Porém a linha de extrema pobreza é equivalente a R$ 168 mensais.
Antes de tudo, a pandemia da Covid-19, iniciada em 2020, aprofundou a miséria. Contudo, a política ultraliberal retirou direitos, achatou os salários, elevou o custo de vida e o desemprego.
O levantamento mostra ainda outro dado triste. O índice de crianças menores de 14 anos abaixo da linha de pobreza chegou a 46,2%. Este é o maior percentual da série, iniciada em 2012.
No recorte por raça, o retrato da discriminação. Nesse sentido, o número de pretos e pardos na miséria (37,7%) é quase o dobro da proporção de brancos, 18,6%.
A renda do trabalho também caiu entre os mais pobres. Entre os que recebem até ¼ de salário mínimo, o rendimento representava 53,8% do total de remuneração. Por outro lado, os benefícios de programas sociais chegaram a 34,7%. Informações dos Bancários da Bahia.