As mulheres da cidade, do campo e das florestas já deram início a construção da 7ª edição da Marcha das Margaridas que está prevista para ser realizada em agosto de 2023.
Segundo a secretária da Mulher Trabalhadora da CTB Nacional, Celina Arêas, entre os dias 8 e 9 de fevereiro, na sede da Contag, ocorreu a segunda reunião preparatória da maior ação protagonizada por mulheres na América Latina. “Esse foi o segundo encontro para a organização da Marcha. Com uma pauta de ação ampla, na atividade, fizemos análise de conjuntura, oficinas e discutimos nossa atuação na luta de 2022”, informou a dirigente.
Para esse encontro, as mulheres optaram pela modalidade presencial, seguindo todos os protocolos de segurança e com a testagem de todas as participantes a partir de uma parceria com a Fiocruz.
“Seguindo os protocolos, realizamos diversas oficinas e debates que fundamentarão nossa luta até a Marcha de 2023. Sabemos que a conjuntura é complexa e incerta e também sabemos que 2022 será uma ano de muita luta e desafios. Da nossa reunião, tiramos que as mulheres trabalhadoras que constroem a Marcha das Margaridas, vão seguir em luta para derrotar o projeto nefasto hoje representado por Jair Bolsonaro”, afirmou a dirigente.
Ao citar a pauta que norteará a atuação do movimento, Celina destacou que a luta terá por centro “um projeto que garanta não só a retomada de políticas públicas voltadas para as mulheres do campo, da floresta e da cidade, mas também a reconstrução dos direitos sociais, a retomada da economia, a geração de emprego e o combate à miséria”.
Além disso, o coletivo pactuou que o caráter de negociação só será considerado num contexto de eleição de um governo do campo democrático e popular, onde se coloque a possibilidade de (re)construção de políticas públicas, a partir da apresentação de uma pauta de negociação que dialogue com a Plataforma Política da Marcha.