MTP resgata 18 de trabalho escravo em Guariba (SP)

Em uma operação conjunta de fiscalização do Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Previdência e Polícia Federal, no município de Guariba, no interior paulista, no dia 8 de julho, foram encontrados 17 homens e uma mulher em situação de trabalho escravo.

Além de condições degradantes, nenhum trabalhador teve registro em carteira, nem recebeu equipamentos de proteção individual (EPIs) ou ferramentas para trabalhar. Os alojamentos onde foram instalados tinham um forte odor e sujeira, não possuía fornecimento de água e eles dormiam em colchões no chão. Os trabalhadores tambpem sofriam com a falta de comida, o MPT informou que nos alojamentos só foram encontrados um pouco de arroz, farinha, orelha e pé de porco para comer.

Segundo o Ministério Público do Trabalho, os trabalhadores eram em sua maioria vindos do estado Maranhão e prestavam serviços em dois sítios arrendados por uma empresa do mesmo grupo (Usina Nova Era). Além do MPT, participaram da ação o Ministério do Trabalho e Previdência e Polícia Federal.

A investigação ainda apontou que todos os trabalhadores são do Maranhão e foram enganados com uma promessa falsa de salário e moradia. Eles nunca foram registrados em carteira e recebiam cerca de R$ 40 por mês para trabalhar 16 horas por dia em condições insalubres, sem alimentação, água, higiene, equipamentos de proteção individual (EPIs) e sem ter onde dormir.

A Polícia Federal investiga os suspeitos envolvidos, e o MPT aguarda os desdobramentos para tratar das medidas judiciais cabíveis quanto às verbas rescisórias e indenização.

Joanne Mota, com informações do Ministério Público do Trabalho e do G1

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