Moro pode parar na cadeia por ter quebrado a economia brasileira com a Lava Jato

Publicado 25/05/2022 - Atualizado 25/05/2022
Ex-juiz, que condenou e prendeu Lula ilegalmente, destruiu grandes construtoras e 4,4 milhões de empregos
A Justiça Federal do Distrito Federal aceitou ação popular movida por deputados do PT contra o ex-juiz Sergio Moro pelos prejuízos financeiros bilionários que impuseram à Petrobras pela atuação na Lava Jato.
O juiz Charles Renaud Frazão de Morais, da 2ª Vara Federal em Brasília, foi quem aceitou a ação popular e mandou citar Sergio Moro. O ex-ministro da Justiça e ex-juiz, considerado parcial pelo STF e condenado pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU, passa agora a responder ao processo na condição de réu.
Os deputados do PT que impetraram a ação afirmam que Moro agiu com parcialidade e interesses pessoais na condução da força-tarefa da operação Lava Jato, quando era juiz da 13ª Vara Federal, em Curitiba. Mostram que a operação causou “efeitos deletérios – danosos – que atingiram brutalmente os trabalhadores e trabalhadoras atuantes nos ramos econômicos relacionados às atividades do sistema Petrobras e de outros segmentos que estavam atrelados às atividades mais impactadas”.
Os autores da ação afirmam que os danos ao patrimônio da Petrobras foram consequência dos processos ligados à Lava Jato. Baseados nesse argumento, eles pedem que Sergio Moro seja condenado a ressarcir os cofres públicos pelos alegados prejuízos causados ao Estado. O valor não foi estipulado, mas os estragos produzidos na economia pela malfadada operação não foi pequeno.
Estudo do Dieese conclui que a Lava Jato custou 4,4 milhões de empregos e 3,6% do PIB;
•Deixou de arrecadar R$ 47,4 bilhões de impostos e R$ 20,3 bilhões em contribuições sobre a folha, além de ter reduzido a massa salarial do país em R$ 85,8 bilhões;
•Afetou os setores envolvidos diretamente (petróleo e gás e construção civil), mas também uma gama importante de outros segmentos (devido aos impactos indiretos e ao efeito renda);
•A operação teve impacto político e também no desenvolvimento de setores econômicos estratégicos para o país;
•Os trabalhadores defendem o combate à corrupção. Desvios de recursos públicos significam menor capacidade de atuação do Estado. O combate à corrupção, no entanto, deve preservar a estrutura produtiva e punir os culpados;
•São necessários mecanismos eficientes de combate à corrupção, com a preservação dos empregos, como ocorre em outros países. Ao todo, 182 pessoas foram condenadas pela Lava Jato no Paraná, sendo que 17 eram executivos e ex-executivos da Petrobras, e outros quatro de empresas subsidiárias da estatal.
Os fatos sugerem que Moro agiu como um agente dos EUA, um serviçal do imperialismo contra as multinacionais brasileiras do ramo da construção, que foram liquidadas pela operação que comandou, e a Petrobras, além de abrir caminho para o golpe de 2016 e a eleição do neofascista Jair Bolsonaro.
Foi recompensado com um alto cargo na empresa de consultoria estadunidense Alvarez & Marsal, fundada por agentes da espionagem norte-americana. Os fatos são gravíssimos e devem ser apurados e rigorosamente punidos.
É sintomático que diante da ação judicial, apresentada no dia 27 e enviada à 2ª Vara Federal Cível de Brasília, o juiz Charles Renaud Frazão de Morais determinou: “Cite-se o réu”. O ex-ministro de Bolsonaro, que teve sua candidatura a presidencial frustrada pelos líderes do União Brasil, é alvo também de uma investigação do Tribunal de Contas da União (TCU).