Mais chumbo grosso contra os trabalhadores

Se depender de Bolsonaro, o trabalhador fica sem direito nenhum. Na próxima semana, o governo deve anunciar um pacote de ações e a principal medida é por fim ao saque automático do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) nos casos de demissão sem justa causa.

O recurso serve como uma espécie de seguro ao trabalhador com carteira assinada desligado injustamente. Mas, para o governo, o cidadão não precisa do aporte de uma vez. Por isso, quer impor ao trabalhador, dono do dinheiro, regras para a retirada. 
 

A ideia é impor o saque controlado, uma vez por ano, na data de aniversário. Se, por ventura, acontecer alguma emergência, só pedindo ajuda. Não para por aí. O governo estuda ainda dar uma nova destinação à multa de 40% paga pelas empresas aos trabalhadores demitidos sem justa causa. Os recursos podem ser transferidos para um fundo público com objetivo de formar uma poupança, que poderia ser utilizada na aposentadoria. Um absurdo.
 

Para implementar as medidas, é preciso mudar a lei 8.036/90, que trata do FGTS. Criado em 1966, o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço é um direito dos trabalhadores previsto na Constituição. Veio para compensar a estabilidade que o trabalhador da iniciativa privada tinha quando completava mais de 10 anos de serviço na mesma empresa.

Com informações de bancariosbahia.org.br