FUP planeja manifestações pela paralisação dos processos de venda de ativos da Petrobras

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) está preparando uma manifestação nacional no dia 7 de dezembro pela paralisação dos processos de venda de ativos da Petrobras no final do mandato do presidente Jair Bolsonaro (PL), informou o sindicato em comunicado na segunda-feira (28).

Ao PetróleoHoje, o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, afirmou que as mobilizações nas bases do sistema Petrobras foram iniciadas nesta terça-feira (29), e que houve uma manifestação na Reman, em Manaus (AM). “No dia 7, subiremos o tom, caso os processos de venda de ativos continuem avançando”, disse Bacelar.

A FUP argumenta que os desinvestimentos precisam ser paralisados até a posse do presidente eleito Lula (PT), em 2023, tendo em vista que o ministro do MME Adolfo Sachsida afirmou, ao grupo de transição de Minas e Energia, que iria suspender a venda de ativos estratégicos ou estruturantes para o setor até o novo governo.

“A reunião foi bastante profícua, e esperamos que haja uma cooperação da direção da Petrobras na transição de governo. A expectativa é de que essa suspensão de atos ocorra também na Petrobras, como na venda de ativos que estão sinalizadas até o final deste ano”, explicou o coordenador-geral da FUP à reportagem.

Além de Deyvid, o grupo de transição de Minas e Energia é formado por Maurício Tolmasquim, ex-EPE e coordenador-geral do GT; Jean Paul Prates, senador do PT e coordenador do Subgrupo de Petróleo, Gás e Biocombustíveis; William Nosaki, coordenador técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (Ineep); e Magda Chambriard, coordenadora de Pesquisa da FGV Energia e ex-diretora da ANP.

Entre os ativos dos quais a FUP defende que tenham a sua venda paralisada, estão: a refinaria Lubnor (CE), que teve o seu contrato com a Grepar assinado em maio deste ano; a TBG; o Polo Bahia Terra, que está sendo negociado com o consórcio PetroReconcavo/Eneva; o campo de Albacora Leste, que teve a transferência de participação aprovada pela ANP recentemente; e o Terminal Norte Capixaba, adquirido pela Seacrest.

Além disso, o sindicato enviou, no último dia 11, um ofício ao presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, solicitando a suspensão do anúncio do Plano Estratégico 2023-2027, previsto para ser aprovado amanhã (30). De acordo com a apuração do PetróleoHoje, prevalece a aposta de que a futura gestão revisará aspectos dos compromissos assumidos para o quinquênio.

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