Fanatismo leva Bolsonaro a votar contra o Estatuto da Pessoa com Deficiência; saiba como

Publicado 03/10/2018
Jair Bolsonaro, então deputado federal pelo Partido Progressista (PP), de Paulo Maluf, e seu filho Eduardo, do Partido Social Cristão (PSC), na época, votaram contra os direitos das milhões de pessoas com algum tipo de deficiência por causa da emenda que incluiu o respeito às especificidades e à identidade de gênero, ao dizer não à aprovação do Projeto de Lei (PL) 7.699/2006, que foi votado em março de 2015. Atualmente a família Bolsonaro está no Partido Social Liberal (PSL).
“É muita insensibilidade votar contra um projeto para benefício de pessoas com deficiência, motivado por questões puramente ideológicas e sem o menor sentido”, afirma Vânia Marques Pinto, secretária de Políticas Sociais da CTB.
O PL originou-se no Projeto de Lei do Senado (PLS) 6/2003, de autoria do senador Paulo Paim, para criar condições de vida digna às pessoas com deficiência.
Paim apresentou o projeto que resultou na Lei 13.146/2015 – Lei Brasileira de Inclusão ou Estatuto da Pessoa com Deficiência. Enquanto tramitava na Câmara dos Deputados, o texto original foi ajustado às demandas dos movimentos sociais e aos termos da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência (Decreto Legislativo 186/2008).
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De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2016, existem aproximadamente 45 milhões de brasileiras e brasileiros com algum tipo de deficiência. “Essas pessoas querem apenas serem reconhecidas e terem as mesmas possibilidades de vida de qualquer pessoa”, ressalta Vânia.
Veja como foi a votação aqui.
Ela pergunta: “Seremos capazes de entregar a direção do país para alguém sem equilíbrio emocional, que se guia pela ideologia do ódio?” Já a cantora Olivia Byington, que tem um filho com deficiência, afirma que “se você acredita que alguém que não reconhece os direitos das pessoas com deficiência merece o seu voto, vá em frente. Mas durma com este barulho”.
Portal CTB. Foto: O Imparcial