É necessário formar uma nova maioria política para deter ofensiva contra classe trabalhadora, afirma presidente da CTB

“Com a atual correlação de forças é praticamente impossível preservar os direitos da classe trabalhadora e barrar o retrocesso neoliberal”, afirmou o presidente da CTB, Adilson Araújo, durante audiência por videoconferência sobre o tema “Novo Proletariado Digital ou Microempreendedores Individuais?”, realizada na tarde desta quarta-feira (4) pela Ordem dos Advogados do Brasil.

Para alterar a correlação de forças e formar no país, e em particular no Parlamento, é urgente trabalhar para formar uma maioria política no país sensível aos sofrimentos e aos interesses populares, “Só assim conseguiremos deter a ofensiva contra nossa classe trabalhadora, oprimida pelo desemprego, os baixos salários e a destruição dos direitos”.

Araújo destacou que o movimento sindical enfrenta novos e grandes desafios decorrentes do desenvolvimento das novas tecnologias e também da ofensiva neoliberal pela completa desregulamentação da legislação trabalhista.

A realidade dos entregadores e motoristas explorados pelos aplicativos, totalmente destituídos de direitos e tratados como microempreendedores, é sintomática desta nova realidade. O governo Bolsonaro pretende generalizar esta situação abolindo toda a legislação trabalhista com a instituição da chamada carteira verde e amarelo à margem da CLT.

“Nos últimos anos, com a implementação de políticas ultraliberais, a reforma trabalhista, a reforma da Previdência, a terceirização irrestrita e o congelamento dos gastos públicos a situação piorou. A classe trabalhadora é vítima de intolerável opressão e a pandemia agravou ainda mais o sofrimento do nosso povo. A inexistência da regulamentação é um prato fértil para alimentar a ganância dos poderosos. A chamada modernização sob o neoliberalismo é o alimento para a exploração e o neocolialismo”, ponderou o sindicalista.

Veja a programação do evento:

14h30 – Abertura Presidente da Comissão Especial de Direito Sindical do CFOAB – Bruno Reis de Figueiredo

Presidente da Comissão Nacional de Direitos Sociais do CFOAB – Antonio Fabrício de Matos Gonçalves

Presidente da Comissão de Direito Sindical da OAB/CE e Vice-presidente da Comissão Especial de Direito Sindical do CFOAB e autora da proposição – Francisca Jane Eire Calixto de Almeida Morais

15h00 – 1º Painel – Legislativo Deputado Federal – Henrique Fontana

16h00 – 2º Painel – Sindicatos de Classe, Centrais Sindicais, Empregados e Empregadores Centrais Sindicais Ordem dos Trabalhadores do Brasil – (OTB) Anderson Luna – Presidente União Sindical dos Trabalhadores – (UST) Carlos Borge – Presidente Representante da Central Única dos Trabalhadores – (CUT) Maria das Graças Costa – Secretária Nacional de Organização e Política Sindical Força Sindical – (FS) Herbert Passos Filho – Presidente Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – (CTB) Adilson Gonçalves de Araújo – Presidente União Geral de Trabalhadores – (Brasil) – (UGT) Ricardo Patah – Presidente Nova Central Sindical dos Trabalhadores – (NCST) José Calixto Ramos – Presidente Central Geral dos Trabalhadores do Brasil – (CGTB) Ubiraci Dantas Oliveira (Bira) – Presidente Central dos Sindicatos Brasileiros – (CSB) João Antonio Nunes Gomes e Silva – Presidente em exercício PÚBLICA – Central do Servidor – José Gozze – Presidente FECOMÉRCIO-SP – Marcelo Dini Oliveira – Assessor Representante SICOVAPP-MG – Gyanny Macedo – Presidente Representantes de empresas

17h00 – 3º Painel – Entidades jurídicas, pesquisadores, e demais representantes da sociedade Presidente da ABRAT – Otávio Pinto e Silva MPT – Procurador do Trabalho – Tadeu Henrique Lopes da Cunha – Representante do Ministério Público, Coordenador da Coordenadoria Nacional de Combate às Fraudes nas Relações de Trabalho – CONAFRET Presidente do IAB – Rita Cortez Representante do DIEESE – Fausto Augusto Junior – Diretor Técnico Professor Doutor – Ricardo Antunes Presidente da ANAMATRA – Juíza Noemia Aparecida Garcia Porto

18h30 – Encerramento

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