Como juiz, Moro recebeu documento atestando que triplex era da OAS certificado pela consultoria da qual virou sócio

Publicado 03/12/2020
Responsável por julgar o caso do Triplex, Moro ignorou documento e condenou Lula à prisão, sem provas, por “atos de ofício indeterminados”, com base apenas na delação de Leo Pinheiro
Documento revelado pelo jornalista Reinaldo Azevedo nesta quarta-feira (2) em seu blog no portal Uol revela que, como juiz, Sérgio Moro recebeu da consultoria estadunidense Alvarez & Marsal (A&M) um documento atestando que o Triplex do Guarujá, atribuído pela Lava Jato ao ex-presidente Lula, era de propriedade da construtora OAS.
Moro, que tornou-se sócio-diretor para atuar na área de “disputas e negociações” da consultoria, ignorou o parecer, no entanto, condenando à prisão o ex-presidente Lula.
Segundo Azevedo, a petição com o documento certificado pela A&M foi enviada a Moro em 19 de abril de 2017 pela defesa de Lula, comprovando que o apartamento era da OAS.
Um dia depois – após a Procuradoria-Geral da República anular o primeiro depoimento -, Moro ouviu a segunda delação de Leo Pinheiro, da OAS, desta vez dizendo que o triplex havia sido dado a Lula como forma de compensação de supostos recursos desviados da Petrobras, sem nenhum documento que comprove o que disse.
Moro condenou Lula no caso por “atos de ofício indeterminados”, sem nenhuma comprovação de que o apartamento, confiscado e leiloado pela Justiça, era do ex-presidente, ou seja, sem provas.
A condenação e prisão de Lula, a quem foi negado o princípio constitucional da presunção de inocência, abriu caminho para a vitória de Jair Bolsonaro, que recompensou Moro com o Ministério da Justiça.
Sobre o chefe da República de Curitiba e a operação Lava Jato convém recordar as observações do historiador Moniz Bandeira:
“A quem serve o juiz Sérgio Moro, eleito pela revista Time um dos dez homens mais influentes do mundo? A que interesses servem com a Operação Lava Jato? A quem serve o procurador-geral da República, Rodrigo Janot? Ambos atuaram e atuam com órgãos dos Estados Unidos, abertamente, contra as empresas brasileiras, atacando a indústria bélica nacional, inclusive a Eletronuclear, levando à prisão seu presidente, o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva. Os prejuízos que causaram e estão a causar à economia brasileira, paralisando a Petrobras, as empresas construtoras nacionais e toda a cadeia produtiva, ultrapassam, em uma escala imensurável, todos os prejuízos da corrupção que eles alegam combater. O que estão a fazer é desestruturar, paralisar e descapitalizar as empresas brasileiras, estatais e privadas, como a Odebrecht, que competem no mercado internacional, América do Sul e África.”
Quem mais se beneficiou dos crimes praticados por Moro? Os Estados Unidos, país da empresa de consultoria da qual o ex-juiz, agora empresário, tornou-se sócio. Terá sido um prêmio pelo servilismo? O marreco de Maringá cheira a Calabar.
Fonte: com informações do Fórum
Se inscreva no nosso canal no YouTube /TVClassista