CMS articula Plenária nacional e se mobiliza em prol da educação

Publicado 13/03/2012
A sede nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) recebeu na tarde dessa terça-feira (13) a reunião de conjuntura da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS). O encontro contou com a participação do Carlos Rogério Nunes, secretário de Políticas Sociais da CTB, Joaquim Pinheiro, do MST, Leonardo Severo, da CUT, Maria José, da Conam/SP, Marcela Rodrigues, da UNE, Gegê, da CMP/BR e do Marcos Antonio, da CNTE.
Os representantes dos movimentos e entidades que compõem a CMS debateram as diretrizes de lutas para o decorrer do ano, em cima dos três principais eventos que serão realizados nos próximos dias: sua Plenária Nacional, que será realizada no dia 12 de abril em São Paulo, com representantes de todos os movimentos vindos de diversos estados, as manifestações em apoio à greve nacional dos professores e o ato em Brasília da UNE, marcado para 28 de março.
Plenária CMS
A Plenária será um momento importante para discutir as transformações que o Brasil vem passando, entre os temas que serão debatidos estão Rio+20, as mobilizações de luta global, reforma urbana, agrária, fórum nacional de defesa da comunicação, desindustrialização, redução da jornada de trabalho, movimento pela moradia, aumento de investimentos na educação entre outros que tratem diretamente com as necessidades da classe trabalhadora brasileira. “Nós, os movimentos, estamos vivendo um momento de descontentamento com a situação atual do país, e a CMS pretende impulsionar a mobilização a avanços de luta”, declarou o militante do MST, Joaquim Pinheiro.
Na direção de unificar as bandeiras do movimento sindical e social, o dirigente da CTB afirmou que “nós estamos vivendo um ambiente político que favorece a CMS se sobressair e avançar no volume das atividades, mesmo sofrendo com a opressão das forças reacionárias”.
Mobilização pela educação
No seguimento do encontro, outra atividade que entrou em debate foi a greve nacional dos professores da rede pública de ensino que acontecerá entre os dias 14 e 16 de março em todo o país. Os profissionais da educação pretendem com a paralisação pressionar o estado para o cumprimento imediato da lei federal nº11. 738, que vincula o piso salarial profissional nacional à carreira do magistério, além de lutar pela a implementação de uma gestão democrática no sistema de ensino que respeite o Estatuto da Criança e do Adolescente, a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação pública e impedir a terceirização das funções escolares.
Em seguida foi a vez do ato da União Nacional dos Estudantes (UNE) ser discutido. A entidade pretende levar às ruas de Brasília, no próximo dia 28 de março, uma manifestação contra os juros altos e a atual política econômica, que impedem o investimento de 10% do PIB para a educação e pressionar o governo para que destine 50% do fundo nacional social do pré-sal para a educação pública. Já no dia 04 de abril a UNE vai se juntar ao Movimento Sindical no ato que será realizado em São Paulo, também contra os juros abusivos que vêm castigando o trabalhador brasileiro acarretando a perca de vários postos de trabalho na indústria.
A CTB, membro atuante da CMS e da luta sindical e social, pretende acompanhar e participar de todas as manifestações e iniciativas que permeiam o calendário de lutas desse ano, em prol construção de um modelo de desenvolvimento realmente democrático, que beneficie e respeite os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil.
Paula Farias – Portal CTB