Em reunião na CTB, centrais sindicais organizam ato nacional em defesa dos direitos no dia 22

Publicado 13/09/2016
Representantes de diferentes centrais sindicais se reuniram nesta terça-feira (13) na sede nacional da CTB para discutirem os próximos passos no enfrentamento do governo golpista de Michel Temer.
A reunião com a participação de representantes da CTB, da CUT, da Força Sindical, da CSP-Conlutas, da Intersindical e da Nova Central tratou especificamente da proposta do ato nacional em defesa dos direitos trabalhistas, organizado para o dia 22.
“Do ponto de vista da pauta, esta muito claro que o que une o movimento sindical é a defesa dos direitos da classe trabalhadora”, analisou Adilson Araújo, presidente da CTB. “A classe trabalhadora sofre um drama pelas consequências da grave crise econômica. As medidas conservadoras adotadas por Temer tem rebatimento direto na vida dos trabalhadores, sobretudo nesse estágio de elevado desemprego. Diante dessa agenda ultraliberal, o fórum das centrais buscam efetivamente responder com uma agenda unitária”, continuou.
Ficou definido que o novo Dia Nacional de Luta da classe trabalhadora será realizado em todo o país no próximo dia 22 (quinta-feira). Pela manhã, dezenas de fábricas e indústrias farão uma paralisação preparatória para o ato, que será continuada no período da tarde pelos funcionários públicos em todos os estados.
Programação preliminar
Em São Paulo, onde ocorrerá o ato mais numeroso, a concentração se dará a partir das 10h em a Fiesp, momento em que as centrais entregarão pauta em defesa dos direitos sociais e trabalhistas; às 11h, está previsto o início do ato político; às 14h, a manifestção seguirá para a frente do Masp. As lideranças sindicais de todas as centrais se alternarão no uso do microfone para denunciar a agenda regressiva imposta pelo governo Temer e exigir respeito nas negociações das reformas da Previdência e trabalhista.
O que pensam as outras centrais
Joaninha, da CSP-Conlutas: “Nós conversamos aqui sobre a necessidade de construção da unidade do conjunto de trabalhadores deste país. Nós viemos articular, para o dia 22, um ato das centrais na parte da manhã, que continua à tarde com os servidores, e também fortalecer o dia 29, que já está sendo indicado como a greve dos metalúrgicos em caráter nacional. Nesse sentido, eu acho bastante importante as centrais se pronunciarem em apoio às greves que estão ocorrendo, para que a gente possa impor uma derrota a todos os projetos que estão no Congresso Nacional ou ainda irão, que vêm no objetivo de tirar direitos dos trabalhadores”.
Luisinho, presidente da Nova Central-SP: “A ideia é fazer uma grande manifestação em nível nacional, e aqui em São Paulo uma grande mobilização, envolvendo as categorias que puderem parar e fazer um grande ato na Paulista e demarcar, na conjuntura, que não abrimos mão dos nossos direitos. Nenhum direito a menos, não importa que governo seja! Isso é o norte dessa reunião”.
Nilsa Pereira, Intersindical: “Nós estamos fazendo um processo de resistência neste momento, em que o Brasil está sob um governo que não foi eleito pelo povo brasileiro, que cumpre uma pauta de direita e atrasada. A unidade de ação e a unidade política do movimento sindical e do movimento social é que vão garantir a não-retirada dos nossos direitos e, se possível, avanços”.
Douglas Izzo, presidente da CUT-SP: “O dia 22 vai ser um esquenta para a greve geral que nós estamos construindo para o segundo semestre. É uma demonstração de unidade das centrais para poder conter os ataques que estão colocados sobre a classe trabalhadora. Vai ser um momento importante, em que os trabalhadores mostrarão sua força em todo o país, paralisando as atividades e construindo atos unitários”.
João Carlos Juruna, secretário-geral da Força Sindical: “Eu creio que essa agenda unitária com as centrais sindicais é importante, porque conseguimos unir trabalhadores do setor industrial e trabalhadores do setor público. Isso é bom porque a reforma da Previdência e a reforma trabalhista com certeza pode trazer prejuízo a todos nós. Às 10h, entregaremos as pautas do metalúrgicos e dos químicos, faremos o nosso debate e daremos continuidade com os servidores públicos. Essa unidade é fundamental porque se o governo nos chama para negociação, só tem força quem tem organização lá embaixo, nos locais de trabalho”.
Portal CTB