CTB: “Não nos calaremos até que o crime que tirou a vida de Marielle seja apurado e os culpados punidos”

A vereadora pelo PSOL do Rio de Janeiro, Marielle Franco, completaria 41 anos nesta segunda-feira (27). Em 14 de março de 2018, Marielle e o motorista Anderson Gomes foram executados a tiros enquanto a parlamentar retornava de um compromisso do mandato. Até hoje não se sabe quem foram os mandantes. 

Para a secretária nacional da Igualdade Racial da CTB, Mônica Custódio, Marielle pagou com a própria vida por sua coragem de existir e resistir. “Marielle renasce todos os dias pela garra e resistência das Mulheres Negras. Vida Longa às Mulheres Negras”.

Mônica Custódio

“A violência contra Marielle atinge a todas e todos que lutam pelas bandeiras que a vereadora também lutava, entre elas o feminismo e a defesa dos direitos humanos. Não podemos nos calar até que este crime seja apurado e os responsáveis punidos”, afirmou Celina Arêas, secretária da mulher trabalhadora da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

Celina Arêas

A 8ª edição da revista Mulher de Classe editada dois meses após o assassinato de Marielle e Anderson fez uma homenagem à parlamentar. Socióloga, Marielle Franco cumpria o primeiro mandato como vereadora. Ela denunciava os abusos policiais em favelas do Rio e naquela ocasião criticou a atuação da Policia Militar na Comunidade de Acari. A ação resultou na morte de dois jovens da comunidade. 

Na Câmara Municipal do Rio, Marielle havia sido nomeada relatora da comissão da Comissão da Câmara de Vereadores do Rio que acompanharia a intervenção do governo federal na segurança pública do RJ. À época a vereadora criticou a intervenção que, na opinião dela, agravava a violência.

Railídia Carvalho