Brasil já tem mais de 210 mil mortes por covid-19 e casos superam pior momento da pandemia

Marca é ultrapassada em meio ao início tardio da vacinação no país, que deve ser lento e enfrentar desafios logísticos. A média epidemiológica de novos casos calculado em um período de sete dias está no patamar mais elevado de toda a série histórica

O Brasil somou 210.299 mortes por covid-19 na segunda-feira (18), a doença que o presidente Jair Bolsonaro menosprezou considerando-a uma mera “gripezinha”. Foram 452 novos óbitos, de acordo com o balanço do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass). Já o número de novos casos foi de 23.671. E desde o início da pandemia, em março, os números oficiais dão conta de 8.511.770 infectados.

É necessário ressalvar que às segundas-feiras os registros da covid-19 tendem a ser inferiores aos reais, já que existe um represamento de dados devido à baixa notificação em finais de semana, quando menos profissionais da saúde estão ativos. O Conass também informa inconsistências com os números do Paraná, que chegaram ao órgão com problemas e foram revisados.

Aglomerações

O país segue castigado pela “segunda onda” de casos de contágio e de mortes, sem sequer ter deixado a primeira. Nas últimas semanas foram identificadas desde novas variedades do vírus, em sintonia com a diminuição do isolamento social. Festas de fim de ano contribuíram fortemente para que a média de mortes pela covid-19 no Brasil retornasse a cerca de de mil por dia.

Ontem (17), a vacinação com a CoronaVac começou oficialmente em São Paulo. Hoje, capitais como Rio de Janeiro e Florianópolis também deram início ao processo. Entretanto, a produção das vacinas em larga escala ainda conta com incertezas, pois depende dos insumos chineses e o processo de imunização deve ser longo.

Apesar desse agravamento, as aglomerações, estimuiladas pelo chefe da República, continuam em alta, especialmente em festas e bares, o que coloca as autoridades de Saúde regionais em grande alerta. Mas não têm provocado ações mais contundentes dos governos, como recuar na flexibilização das atividades ou adotar medidas que coíbam o afrouxamento.

Médias

A média epidemiológica nacional de novos casos calculada em um período de sete dias segue em um patamar mais elevado de toda a série histórica. Isso porque o número de 54.308 casos diários está acima do primeiro pico de casos, registrado entre julho e agosto. Em relação às mortes, o patamar é similar, com 960 vítimas diárias.

A última semana foi o período com maior número de casos desde o início do surto de covid-19 no Brasil. Foram 379.061 novos casos, o que resulta muito acima dos 304 mil em média entre julho e agosto. Em relação às mortes, 6.665 em sete dias, índice similar aos registrados em agosto.

Com informações da RBA

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