Bolsonaro teve a residência vasculhada e o celular apreendido pela PF 

Seis pessoas ligadas ao ex-presidente foram presas pela Polícia Federal, um deles foi seu ajudante de ordens e dois outros o serviram como seguranças

Jair Bolsonaro, o chefe da raivosa extrema direita brasileira, está vivendo uma quarta-feira (3) amarga. Seu despertador, pela manhã, foi a Polícia Federal, Uma equipe da PF chegou à sua casa, no Jardim Botânico do Rio, para uma operação de busca e apreensão. Levaram seu celular para investigações e ele foi intimado a depor.

Ao todo foram executados 17 mandados de busca e apreensão. Seis auxiliares próximos do ex-presidente foram presos. Entre eles, o tenente coronel Mauro Cid, que foi seu ajudante de ordens e também está envolvido no escândalo das joias, o policial militar Max Guilherme, ex-segurança que esteve recentemente com Bolsonaro no Agrishow, e Sergio Cordeiro, também ex-segurança que era dono do imóvel onde o líder fascista fazia suas lives semanais.

Cartões de vacina falsificados

A polícia apura um esquema de falsificação de cartões de vacina, organizado com o propósito de viabilizar a viagem aos Estados Unidos de pessoas que não se vacinaram. Segundo informações da Polícia Federal, Bolsonaro, Laura, que é sua filha mais nova, e assessores próximos tiveram os registros adulterados para entrar nos EUA.

As ações ocorrem no âmbito do inquérito das milícias digitais e a operação desta quarta-feira investiga a inserção de dados falsos sobre vacinação contra a covid-19 em sistemas oficiais.

A notícia foi comentada por vários órgãos da mídia internacional e ocupou as atenções dos parlamentares no Congresso Nacional, onde se cogita a instalação de uma CPI para apurar o crime e também já está sendo proposta uma Comissão Parlamentar de Inquérito sobre as joias doadas pelos monarcas da Arábia Saudita.

“Lugar de bandido é na cadeia”

Trata-se de mais um crime cometido pelo chefe da extrema direita brasileira. A lista de suas delinquências enquanto ocupou o Palácio do Planalto é extensa, compreende as investidas contra a Justiça Eleitoral, a perseguição aos povos indígenas, o uso da PRF para impedir o acesso às urnas de eleitores de Lula, a apropriação indébita das joias sauditas, a PEC do desespero, o 8 de janeiro. 

O crime mais cruel que cometeu contra o povo brasileiro foi a política sanitária, orientada pelo negacionismo, o obscurantismo, a propaganda de remédios ineficazes, a negação da ciência, da vacina, do uso das máscaras e do isolamento social. O ex-presidente se comportou como uma aliado do novo coronavírus e isto resultou na morte de centenas de milhares de brasileiros e brasileiras, tragédia com a qual ela reagiu como um cínico “E daí?”. Não por coincidência, a investigação que levou a PF à sua casa foi provocada pela adulteração de cartões da vacina.

Se a Justiça prevalecer, o líder fascista Jair Bolsonaro não apenas será declarado inelegível como terá por destino final a cadeia. Neste caso parece muito justo e adequado um slogan muito usado nos círculos reacionários: “lugar de bandido é na cadeia”.

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