Bancários podem entrar em greve nacional a partir do dia 6 de setembro

Publicado 30/08/2016
Bancários de todo o Brasil participam de assembleias para aprovar o indicativo de greve para o dia 6 de setembro. A orientação é do comando nacional da categoria que se reuniu com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na última segunda-feira (29).
Para o Comando a proposta de 6,5% de reajuste salarial e abono de R$ 3.000, apresnetada pela Fenaban é insuficiente e não cobre as perdas da categoria.
“A Fenaban repete a estratégia do ano passado, com o objetivo de impor a política de arrocho salarial e de abonos que não se incorporam ao salário. Este ano, a categoria não está disposta a ser enrolada o mês inteiro, daí a opção por definir logo a campanha salarial”, ressaltou o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, que participa das negociações em São Paulo.
As negociações com a Fenaban prosseguem nesta terça-feira (30), a partir das 14h, em São Paulo, e o Comando vai continuar insistindo na necessidade de uma proposta que contemple aumento real dos salários. “Caso não avanços concretos, a orientação será pela rejeição da proposta e a construção da greve”, acrescentou Emanoel Souza.
Os trabalhadores reivindicam um reajuste real de 5%, mais o INPC do período. Em relação à Participação nos Lucros ou Resultados, os bancos propõem as mesmas regras de 2015, que seriam 15% do lucro líquido apurado no exercício de 2016, distribuída da seguinte forma: 90% do salário reajustado em setembro de 2016, acrescido no valor fixo de R$ 2.153,21, limitado ao valor de R$ 11.550,90. Já para a parcela adicional seria 2,2% do lucro líquido apurado no exercício de 2016, dividido pelo número de empregados elegíveis de acordo com as regras da convenção, em partes iguais, até o limite individual de R$ 4.306,41. Além disso, a Fenaban propôs vale-cultura no valor R$ 50,00 e reajuste.
Nesta terça-feira (30/8) também será de muita expectativa para os bancários do Banco do Brasil e da Caixa, com negociação nas duas instituições. No BB, a Comissão de Empresa dos Funcionários se reúne com a direção do banco, em São Paulo, para a segunda rodada de debates da campanha salarial 2016. Os funcionários querem fim do assédio moral e das metas, respeito à jornada, melhores condições de trabalho e aumento real nos salários.
Já a reunião com a Caixa acontece em Brasília, das 10h às 18h. A Comissão Executiva dos Empregados espera que, desta vez, a instituição financeira apresente soluções para os questionamentos contidos na pauta específica. Esta será a terceira rodada de negociação com o banco, que até o momento não mostrou disposição para atender a questões como Funcef, Saúde Caixa, fim do caixa-minuto, retorno da função de caixa, combate à sobrecarga aos tesoureiros e outras propostas.
Portal CTB com Feeb