A voz das ruas: apoio ao impeachment cai de 61% para 48%, mostra pesquisa do Ipsos

Publicado 26/07/2016
O jornal “Valor Econômico” publicou nesta terça-feira (26), a pesquisa Pulso Brasil, realizada pela empresa de consultoria Ipsos desde 2005 no Brasil. O levantamento atual mostra que a cada dia que passa o apoio ao afastamento da presidenta Dilma cai na mesma proporção em que cresce a rejeição ao desgoverno Temer.
Um dado fundamental da pesquisa Ipsos revela que 52% dos pesquisados querem novas eleições. Mais ainda, Dilma tem a preferência de 20%, enquanto Temer ficou com 16% das preferências.
“Essa pesquisa, assim como outras, reforça a luta em defesa do plebiscto para o país sair do impasse político que está vivenciando. Também mostra que neste momento é a presidenta Dilma que reúne as condições de legitimidade para levar adiante essa consulta popular sobre novas eleições para a Presidência, já em outubro”, diz Nivaldo Santana, presidente em exercício da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). Para ele, “o plebiscito é a única maneira de resgatar a soberania popular”.
Outro dado importante da pesquisa, mostra que o apoio ao processo golpista, disfarçado de impeachment, caiu de 61% em março para menos da metade do eleitorado agora, com 48% defendendo essa farsa, mesmo índice que julga a gestão Temer como ruim ou péssima.
Essa nova pesquisa se contrapõe amplamente à tentativa de fraude feita pelo Datafolha, em pesquisa publicada no jornal do mesmo grupo, “Folha de S.Paulo”, no dia 16, afirmando que 50% preferiam Temer e apenas 3% apoiavam novas eleições.
O levantamento mostra também que 20% desejam a volta da presidenta Dilma ao Palácio do Planalto, enquanto 16% acreditam que Temer deveria ser confirmado no cargo. Por isso, “a CTB continuará juntamente com as forças democráticas lutando contra esse golpe infame, defendendo os interesses da classe trabalhadora e da nação”, conclui Santana.
Nova eleição
De acordo com a Constituição, a antecipação das eleições, sem um plebiscito, só pode ocorrer com a aprovação de 3/5 dos parlamentares ou caso haja renúncia da presidenta Dilma e do vice-presidente Michel Temer.
Portal CTB – Marcos Aurélio Ruy