Depois de um hiato por conta da pandemia da covid-19, a Marcha das Margaridas volta a ocupar as ruas. Na última semana, centenas de mulheres das organizações que compõem a Marcha se reuniram para definir os detalhes da próxima manifestação que será em Brasília.
Segundo Celina Arêas, secretária nacional da Mulher Trabalhadora da CTB, que participou das reuniões representando a entidade, o clima é de muito entusiasmo e esperança para lotar as ruas de Brasília e exigir a retomada de direitos.
A Marcha das Margaridas acontece desde 2000, este ano será realizada a 7ª edição, e a CTB apoia o movimento desde sua criação, em 2007. “Foi uma reunião muito proveitosa. Estamos agora construindo as propostas, os eixos, o lema, e em junho vamos nos reunir novamente para definir cada um dos pontos”, explica Celina.
O Brasil anda em mal estado. A fome, a miséria, o desemprego, o desmonte de direitos, tudo isso afeta a classe trabalhadora, e ainda mais as mulheres que, como é sabido, sofrem com a sobrecarga de trabalho, dupla jornada, salários menores.
É diante deste cenário que as Margaridas estão preparando a 7ª Marcha das Margaridas, que irá ocorrer em 2023, e realizaram a Oficina de Avaliação do 1º Módulo e preparação do 2º e 3º módulos do Curso Nacional de Formação Político Sindical: Mulheres e Desenvolvimento Territorial Sustentável – para alimentar e nutrir transformações sociais, entre os dias 09 e 11 de maio, na sede da CONTAG, em Brasília, reunindo as secretárias de Mulheres da Confederação e das Federações filiadas, e as representantes das organizações parceiras.
As companheiras aproveitaram essa 2ª reunião ampliada de preparação da Marcha das Margaridas para fazer essa profunda análise como processo de atualização dos eixos temáticos da maior e mais efetiva ação de luta das mulheres do campo, da floresta e das águas. “Da última reunião para cá surgiram novos elementos da conjuntura. Para prepararmos bem a Marcha das Margaridas, precisamos sempre olhar para o chão que estamos pisando para construir os novos passos e construir a nossa plataforma com eixos temáticos bem atuais”, avalia a secretária de Mulheres da CONTAG e coordenadora geral da Marcha das Margaridas, Mazé Morais.