Dia das mães: CTB defende pautas para as mães trabalhadoras

O dia das mães é comemorado neste domingo (14), e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), apresenta inúmeras pautas para avançar nos direitos e valorização das mulheres mães no mundo do trabalho.

A defesa do desenvolvimento com valorização do trabalho, criação de pastas dentro dos sindicatos que realmente tratem da luta mulher trabalhadora, manutenção e ampliação das políticas públicas que contribuem para romper a desigualdade entre homens e mulheres no mundo do trabalho, obrigatoriedade da licença maternidade de 180 dias e não como facultativa, ampliação imediata da lei Maria da Penha, defesa nacional do programa de direitos humanos, escolas e creches públicas de boa qualidade, são pautas fundamentais para as mães.

Ana Cristina, do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (SINTEAM), apresentou a importância de promover a profissionalização das mães. “Essas pautas são fundamentais para que a mulher trabalhadora possa ter tranquilidade e possa desenvolver a sua atividade laboral da melhor forma. Então, a criação de cursos profissionalizantes, daria mais oportunidades para elas, mecanismos que promovam mais oportunidades para as mulheres nas profissões que predomina o sexo masculino, e garantir a recuperação crescente do salário mínimo que é o único caminho pra inclui a mulher de fato no mercado de trabalho, fazendo com que essa desigualdade salarial seja efetiva, porquê não adianta só estar na lei, ela precisa ser executada e aplicada de fato” frisou Ana.

Ana Paula, vice-presidenta do Sindicato dos Comerciários RJ e secretária de comunicação da CTB-RJ, apresentou desafios que as mães sofrem. “Nós comerciárias, temos uma carga maior de horário, por exemplo, quem trabalha no shopping, o expediente encerra às 22h no Rio de Janeiro, e as creches funcionam só até as 15h30, os horários são importunos e as vagas são inexistentes. Lutamos também pelo direito de levar a criança ao médico, a lei só permite apenas uma vez ao ano, então nós sempre tentamos colocar nas convenções coletivas o direito da mãe poder levar a criança ao médico e seu atestado de saúde ser aceito pelas empresas. Também o direito de poder frequentar a reunião de pais nas escolas”, falou Ana Paula.

Valéria Morato, presidenta da CTB-MG, disse que o estado deve reconhecer e valorizar as mães. “Levantamos duas pautas fundamentais sobre as mães, a mãe como profissional que precisa largar tudo para cuidar do filho, ela precisa ter o reconhecimento do estado, pois não temos políticas públicas para possibilitar que as mães criem seus filhos e possam trabalhar, e a valorização no sentido de uma remuneração por ter abandonado sua carreira e estar a serviço de criar os cidadãos brasileiros”, finalizou Valéria Morato.