TST marca para sexta-feira audiência de conciliação dos Correios

Haverá mais uma tentativa de conciliação entre a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e trabalhadores do setor, em greve desde o dia 18. A ministra Kátia Arruda, vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), marcou para sexta, dia 11, às 15 horas, audiência de conciliação por videoconferência.

A ministra é relatora do Dissídio Coletivo da greve ajuizado pela empresa. A última audiência entre as partes terminou sem acordo. A ECT não aceitou proposta apresentada pelo Tribunal, que prorrogava o Acordo Coletivo de Trabalho até o final da pandemia.

A paralisação entra no 23º dia. Trabalhadores seguem firmes e mobilizados contra a retirada de direitos do Acordo Coletivo e a privatização da empresa.

Para Elias Cesário (Diviza), a empresa apostou que a categoria não conseguiria fazer uma grande greve em meio à pandemia, com todas as dificuldades existentes de organização. Ele afirma: “Mas errou. A greve veio e está na maior parte dos setores em todo o País, nas redes sociais e nas ruas”.

Ato – Na terça, 8, o Sintect-SP realizou protesto em frente ao Centro de Triagem do Jaguaré, na cidade de São Paulo. Mais uma vez, a atividade teve caráter solidário, com arrecadação de alimentos para famílias necessitadas.

Fortaleceram a atividade as duas Federações (Findect e Fentect), que representam os trabalhadores do setor, e as Centrais CTB, CUT, UGT, Intersindical e CSP-Conlutas.

“A direção da empresa quer retirar direitos conquistados ao longo de 35 anos de luta. Os trabalhadores dos Correios não vão aceitar isso. Sabem do seu valor para a população e para o País. Enquanto não houver negociação ou julgamento a greve vai continuar”, avisa Diviza.

Agenda – Nesta quarta, trabalhadores realizam carreata de Itaquaquecetuba até Mogi das Cruzes (SP), com arrecadação de alimentos. Quinta (10), haverá distribuição de almoço solidário aos moradores de rua no Centro de São Paulo. E na sexta (11), a categoria entregará à associação do Padre Júlio Lancelotti os alimentos arrecadados.

Fonte: Agência Sindical