Sindicatos de Oficiais do Brasil e da Argentina discutem proteção às Marinhas Mercantes nacionais

Os presidentes do Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante (Sindmar), Carlos Augusto Müller, e do Centro de Capitanes de Ultramar y Oficiales de la Marina Mercante (Argentina), Jorge Pablo Tiravassi, estiveram reunidos no Rio de Janeiro, nesta terça-feira, 11.

O encontro marcou a aproximação dos dois sindicatos, que buscam fortalecer as relações entre entidades sindicais marítimas no âmbito do Mercosul e discutir possíveis ações conjuntas com o objetivo de estimular um Acordo Multilateral de Transporte Marítimo.

As entidades, que representam oficiais em seus respectivos países, observam que as Marinhas Mercantes que empregam trabalhadores locais, com acordos coletivos que garantem boas condições de trabalho e salários justos, vêm sofrendo sucessivos ataques, que visam possibilitar a utilização de navios de outras bandeiras com tripulações de países de baixo custo nas cabotagens do Brasil e da Argentina.

Os dirigentes sindicais avaliam que há a possibilidade de somar forças e buscar atuação conjunta, combatendo as iniciativas extremamente liberais de desnacionalização da cabotagem, o que geralmente resulta em desemprego para os marítimos nacionais e em perda da capacidade de os países realizarem o seu transporte marítimo doméstico sem depender de outros países.

O encontro contou com a participação da Federação Internacional de Trabalhadores em Transportes (ITF), representada pelo companheiro Luiz Fernando de Lima.

Após o encontro, ocorreu, também, uma visita ao Centro de Simulação Aquaviária (CSA) da Fundação Homem do Mar (FHM), braço educacional do Sindmar, e a troca de informações sobre as atividades de treinamento complementar à formação que estão disponíveis nos dois países.

Jorge Tiravassi teve a oportunidade de conhecer o padrão de excelência das instalações do CSA para treinamento em Posicionamento Dinâmico e os simuladores “full mission”, que possibilitam a realização de cursos de manobrabilidade, BTM e CRM.

Fonte: Sindmar