Começa eleição no Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense

Teve início nesta terça-feira (26) e prossegue até quinta (28) a eleição destinada a renovar a direção do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense. A CTB apoia a Chapa 2, formada por operários que se opõem à atual diretoria, a quem responsabilizam pela perda de direitos e queda do valor real dos salários da categoria.

De acordo com a oposição os dirigentes da entidade têm o rabo preso com o patrão, não têm espírito democrático nem respeitam vontade da maioria da categoria expressa através de assembleias e assinam acordos lesivos aos interesses dos trabalhadores e trabalhadoras.

Por esta razão, “lideranças operárias indignadas com a conduta antidemocrática decidiram formar uma chapa e disputar o pleito para resgatar o sindicato para a classe operária”, afirmou o presidente da CTB, Adilson Araújo, que está em Volta Redonda acompanhando o processo eleitoral, junto com outros dirigentes nacionais da Central.

Já são 30 anos que o mesmo grupo dirige a entidade e o resultado é um acúmulo de retrocessos inaceitáveis, ressalta o metalúrgico Edimar, candidato a presidente pela Chapa 2.

“Perdemos a jornada de 6 horas diárias, que foi alongada para 8 horas sem nenhuma compensação financeira. Perdemos o Plano de Saúde Nacional, substituído por um outro de alcance regional e qualidade bem inferior. Perdemos o direito à hora extra, com a imposição do banco de horas. Sofremos o arrocho dos salários”, relatou.

De outro lado, cresceram os lucros apropriados pelos donos da CSN. Em 2021 foram R$ 13,6 bilhões. “E querem pagar uma mixaria de PLR. Os trabalhadores já mostraram sua insatisfação, rejeitando o último acordo espúrio ajustado entre a direção do sindicato e a empresa. É preciso dar um basta e a oportunidade vem com as eleições. Nosso sindicato tem uma gloriosa história de luta. Vamos recuperar o fervor, a honra e a dignidade do peão, valorizar a família metalúrgica, os operários na ativa e os aposentados. Vamos resgatar a credibilidade da nossa entidade, honrando seu histórico de lutas e conquistas”, concluiu.

Entre os compromissos da Chapa 2 constam:

* Resgatar a jornada de 6 horas diárias

* Lutar pela reintegração de todos os demitidos e o cancelamento das punições na CSN

* Reconquistar um Plano de Saúde decente e de cobertura nacional na CSN

* Lutar pelo fim do banco de horas e pagamento das horas extras

* Lutar pela recomposição do valor dos salários

* Por um PLR robusto, compatível com os lucros auferidos e linear em todas as empresas

* Respeito às comissões de fábrica

* Vale alimentação no valor de R$ 800,00 na CSN

A oposição é apoiada pela CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), CSP Conlutas e Fitmetal. A atual diretoria concorre pela Chapa 1 com o apoio da Força Sindical.