Diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim e Região completa um ano à frente da instituição

Por Anderson Pereira

Retração da atividade econômica, crise política e início da pandemia do coronavírus. Este foi o cenário encontrado pela nova diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim e Região no dia da posse, há um ano. Apesar dessas dificuldades, o sindicato conseguiu, ao longo desse período, manter direitos trabalhistas e repor perdas salariais.

Esse e outros assuntos foram abordados nesta quarta-feira, (07) durante a live semanal do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim e Região. O encontro teve a participação do presidente da entidade, Alex Custódio, da presidenta da CTB-MG e do Sinpro-MG, Valéria Morato, e foi mediado pela jornalista Bárbara Batista.

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Custódio enumerou algumas vitórias importantes da categoria ao longo desse período.

Ele citou os acordos coletivos emergenciais que garantiram os empregos e reduziram as perdas salariais após a Medida Provisória (MP) 936.

Em seguida, o dirigente sindical lembrou da ampla negociação na Participação nos Lucros e Resultados (PLRs). O acordo injetou R$ mais de R$ 80 milhões na economia de Betim.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos citou, ainda, a Campanha Salarial que alcançou ganho real para os trabalhadores em determinadas categorias.

“Conseguimos manter direitos e repor perdas salariais. Vamos permanecer firmes na luta”, avisou Alex Custódio.

Diálogo com a base

A presidenta da CTB-MG, Valéria Morato, elogiou o diálogo constante entre a diretoria do sindicato e a sua base.

“Esses avanços conquistados são frutos do diálogo permanente entre a diretoria do sindicato e os trabalhadores. Eles (os patrões) têm o dinheiro e nós temos a nossa força de trabalho. Por isso, quando estamos juntos, somos mais fortes”, disse a presidenta da Central.

A presidenta da CTB-MG falou também sobre a situação atual da classe trabalhadora. Ela criticou a “reforma” Trabalhista aprovada pelo governo Temer. A medida aumentou o número de desempregados no país.

Hoje, o Brasil voltou para o mapa da fome e o número de mortes pela Covid-19 é recorde. Por outro lado, “o número de bilionários aumentou no Brasil”, lembrou a presidenta da CTB-MG.

Valéria Morato defendeu o fechamento total (lockdown) e o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 para as famílias brasileiras enfrentarem a pandemia.

“O povo está morrendo de fome e de Covid-19. É preciso olhar para quem mais precisa”, disse ela.

O novo auxílio emergencial começou a ser pago nesta semana e os valores variam entre R$ 250 e R$ 350.