Em BH, manifestantes saem às ruas em defesa do SUS, da democracia e contra o racismo


Por Anderson Pereira

As ruas de Belo Horizonte foram tomadas por vários manifestantes neste domingo que gritavam palavras de ordem em defesa do SUS, da democracia e contra o racismo. A praça da Estação, região central da cidade, foi um dos pontos escolhidos por médicos, enfermeiros e centrais sindicais, entre elas CTB-MG.

“Foi uma manifestação para demonstrar o nosso repúdio contra esse governo que não se importa com as pessoas vítimas do Covid-19. Ao mesmo tempo, esse governo estimula a matança de pessoas negras. A educação, de uma forma responsável, assim como as centrais sindicais, fez um ato simbólico para chamar a atenção também contra o fascismo”, destacou a presidenta da CTB-MG, Valéria Morato.

Usando máscaras e respeitando o afastamento para evitar a contaminação pelo Covid-19, os manifestantes colocaram várias cruzes na praça da Estação para lembrar as vítimas do Covid-19 em Minas Gerais. Os participantes também denunciaram os retrocessos na saúde e pediram o fim do governo Bolsonaro/Mourão.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o epicentro do coronavírus na América Latina com 36.078 mortes e 678.360 pessoas infectadas. Em todo o mundo, o país só fica atrás dos EUA, que já contabilizaram 111.602 mortes.

Em Minas Gerais, 306 pessoas já morreram por Covid-19 e outras 12.010 foram diagnosticadas com a doença.

“Racistas, Fascistas, não passarão”

Já na praça da Bandeira, região centro-sul da capital, membros das torcidas organizadas do Atlético, Cruzeiro e América também uniram-se para protestar contra o governo Bolsonaro e o racismo. “Racistas, Fascistas, não passarão”, “Fora, Bolsonaro”, gritavam eles enquanto caminhavam rumo à praça Sete.

Os gritos contra o racismo no Brasil ganharam força após o assassinato do norte americano George Floyd pela polícia dos EUA.

No Brasil, a morte do menino Miguel Silva, de cinco anos, em Recife-PE, também revoltou os brasileiros, sobretudo as trabalhadoras domésticas. Os manifestantes ainda lembraram do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (Psol).

A capital mineira registrou neste domingo quatro protestos contra o governo Bolsonaro.

Fotos: Gelson Alves da Silva / CTB-MG