Em queda livre nas pesquisas, Bolsonaro pode estar mais próximo do impeachment

Pesquisa XP/IPESPE divulgada em primeira mão pela jornalista Mônica Bergamo indica forte aumento da rejeição e queda da popularidade do presidente da extrema direita, Jair Bolsonaro. O percentual dos brasileiros e brasileiras que o consideram ruim e péssimo subiu de 35% para 40% enquanto o índice de bom e ótimo recuou de 38% para 32%. A maioria também condena a política neoliberal e defende a prorrogação do auxílio emergencial.

É a reação do povo povo brasileiro à conduta irresponsável e criminosa do chefe do Palácio do Planalto em relação à pandemia, que resultou no aumento do número de casos e mortes por covid-19, no atraso ao início da vacinação no Brasil, estimulo à aglomeração e hostilidade ao uso de máscaras e isolamento social. A tragédia em Manaus é fruto disto e pode ter sido a gota d´água.

Ainda nesta segunda (18), Bolsonaro não conseguiu esconder seu descontentamento com a aprovação das vacinas  Coronavac e de Oxford pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e o início da vacinação no país.  Ele é contra a vacinação e fez de tudo para sabotá-la.

“A Anvisa aprovou, não tem o que fazer mais”, disse ele. Antes, ele havia começado com um ato falho: “apesar da vacina…”. E tentou se retratar em seguida. “Apesar não né…”.

É notável também o crescimento, no seio da população, dos que defendem o impeachment do mandatário, sentimento que vai ao encontro da campanha “Fora Bolsonaro” que vem sendo conduzida pelas centrais sindicais, os movimentos sociais e partidos de esquerda.

Motivos não faltam para o afastamento. Conforme avaliação de inúmeros juristas, o nefasto cometeu diversos crimes de responsabilidade e na Câmara Federal já foram protocolados mais de 60 pedidos de impeachment.

Confira abaixo a mensagem da jornalista no twitter e a fala do capitão reformado.

Mônica Bergamo@monicabergamoAVALIAÇÃO DE BOLSONARO CAI EM JANEIRO – RUIM E PESSIMO SOBE DE 35% PARA 40%. BOM E ÓTIMO CAI DE 38% PARA 32%. PESQUISA XP/IPESPE.1:06 PM · 18 de jan de 2021· Twitter Web App

Política econômica e auxílio emergencial

A pesquisa também sugere que o agravamento da pandemia e da situação econômica do País contribuíram para fazer desabar a aprovação de Jair Bolsonaro. 

Segundo levantamento, para 54% dos entrevistados a economia está no caminho errado contra 34% de equivocados que respaldam a política neoliberal de Paulo Guedes. 

Em relação ao auxílio emergencial pago pelo governo até dezembro, 50% defendem que o governo recrie um benefício semelhante por mais alguns meses. Outros 47% acreditam que o governo não patrocinará uma nova rodada do pagamento.