O chefe da extrema direita brasileira tem razões de sobra para os destemperos e o desespero.
Nova pesquisa IPEC (ex-Ibope) divulgada nesta segunda-feira (10) revela um cenário que não é nada animador para Bolsonaro, que segue perdendo para Lula no segundo turno. O líder petista manteve 51% das intenções de votos (incluindo nulos e brancos), enquanto o candidato do neofascismo à reeleição desceu de 43 para 42%.
Em votos válidos o placar revela uma diferença de 10 pontos percentuais. Lula fica com 55% dos votos contra 45% atribuídos a Bolsonaro. A pesquisa foi realizada entre sábado (8) e segunda-feira (10) e tem margem de erro de dois pontos para mais ou para menos. Foram entrevistadas 2 mil pessoas em 130 municípios.
Na sondagem espontânea, na qual os entrevistadores não apresentam previamente o nome de nenhum dos dois candidatos, Lula aparece com 49%, e Bolsonaro, com 42%. Brancos e nulos somaram 5% – e 4% dos entrevistados ou disseram que não sabem ou não responderam.
A pesquisa Ipec apontou ainda o índice de rejeição dos candidatos. A sondagem mostra que 48% dos eleitores brasileiros não votariam de jeito nenhum em Bolsonaro, e 42% não votariam de jeito nenhum em Lula.
No primeiro turno, realizado no dia 2 de outubro, Lula recebeu 57,2 milhões de votos (48,4%), e Bolsonaro, 51,07 milhões (43,2%). O segundo turno está marcado para 30 de outubro.
O que pode alterar um pouco este quadro é o índice de abstenção, que os institutos de pesquisas não conseguem captar e no primeiro turno superou a casa dos 20%. As intenções de voto parecem consolidadas e a menos que acontecimentos extraordinários interrompam o curso da campanha as urnas devem rejeitar o fascismo e eleger o ex-presidente Lula.
Mas convém não baixar a guarda nem cantar vitória antes do tempo. É preciso arregaçar as mangas e colocar toda força na campanha, que está ocupando as ruas e tende a mobilizar milhões de brasileiros e brasileiras nesta reta final.
