Escola de Varginha obriga uso de camisa amarela e revolta funcionários

Aloísio Morais

Em Varginha, no Sul de Minas, o Colégio Adventista está obrigando seus funcionários e alunos a usar uma camisa amarela com o número 22 nas costas, o que vem provocando constrangimentos e revolta nos profissionais do estabelecimento diante do evidente assédio eleitoral. A cor amarela vem sendo usada pelo candidato à reeleição Jair Bolsonaro à Presidência da República, e o 22 é o seu número na urna eletrônica. Diante disso, a presidenta do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro Minas), Valéria Morato, denunciou hoje o caso ao Ministério do Trabalho e Previdência.

Imediatamente, a Superintendência Regional do Trabalho em Minas Gerais, por meio da gerente Regional do Trabalho em Varginha, Túlio Borges Duarte, marcou para as 10 horas desta sexta-feira, 21, uma reunião de mediação para que o conflito seja resolvido.

Curiosamente, todas as camisas do colégio têm o número 22 nas costas – Reprodução de redes sociais

“Precisamos que todos vocês instalem o App Pardal Eleitoral no celular e façam uma denúncia de que o Colégio Adventista de Varginha comprou camisetas do Brasil para os alunos e funcionários e, sem consulta prévia, colocou o número 22 nas costas de todas as camisetas” denunciou anonimamente uma pessoa do quadro de funcionários do colégio. “Isso gerou uma insatisfação entre pais, alunos, professores e configura assédio eleitoral. Alguns pais se recusaram a retirar a camiseta mas os funcionários foram coagidos, inclusive já usaram no domingo, 16, que foi letivo. Favor anexar as fotos”, completou a pessoa que tornou o caso público.