Professores de Aparecida-PB podem entrar em greve caso não tenham reajuste de 14,95% do FUNDEB

Foto:CTB-PB.

Em assembleia geral realizada na manhã do último sábado (3), os Profissionais do magistério público municipal de Aparecida-PB, discutiram o reajuste anual do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) no percentual de 14,95% que a Prefeitura vem recebendo desde o dia 1° de janeiro do corrente ano. Apesar de várias tentativas de negociação através de reuniões, o prefeito João Neto (PL), não se dispôs a conceder o aumento, desrespeitando assim a Lei do Piso Nacional da categoria.


João Neto, recebeu uma comissão do Sindicato dos Servidores Efetivo do Município de Aparecida (SISMAP), juntamente com representantes da Federação dos Trabalhadores Públicos Municipais da Paraíba (FETRAM) e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil na Paraíba (CTB-PB), onde foi discutido o pleito, e a gestão repassou a folha analítica que foi analisada pela entidade local. No entanto, a audiência tem sido procrastinada pelo gestor, deixando a categoria a desejar. “Reunimos e ficou definido que dentro de oito dias iríamos retornar para fechar a proposta e no entanto, a gestão fica adiando o tempo todo”, disse a presidente Alixandrina França.


Surgiram várias propostas, sendo deliberado que nesta segunda-feira (5), o sindicato irá protocolar um ofício, anexando o estudo que foi feito da folha analítica, dando um prazo até a quarta-feira (7), para que o gestor possa se pronunciar a respeito. A entidade irá utilizar os meios de comunicação para dizer aos pais de alunos e a população de Aparecida o que está acontecendo, através das rádios, carro de som, panfletos, portais e outros instrumentos.


Outra decisão é paralisar as atividades na próxima segunda-feira (12), com realização de uma caminhada pelas principais ruas da cidade, colocando para a população o que está acontecendo e pedindo apoio para a luta, caso a gestão não dê retorno.


Também no dia 12, caso não seja dada nenhuma resposta, o sindicato irá imperar uma ação na justiça contra a Prefeitura, para a implantação imediata dos 14,95% do Piso Nacional da categoria, cobrando todo o retroativo. A categoria não descartou a possibilidade de uma greve por tempo indeterminado no município, em virtude dessa postura do atual prefeito João Neto.


Zé Gonçalves, vice-presidente da CTB-PB lamentou essa situação e apontou que a única saída é a luta.” É incompreensível um gestor igual a João Neto, que é dos movimentos sociais, sindical, ao assumir uma Prefeitura, criar toda essa dificuldade para não cumprir um direito dos professores. O Piso é lei e tem que cumprir “, destacou o sindicalista.

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