Professores continuam greve e protestos em frente à sede do Governo do Amazonas

Foto: Divulgação

Os trabalhadores da Educação estão em greve desde o dia 17 de maio. Eles reivindicam 25% de reajuste salarial, o cumprimento das progressões por titularidade e tempo de serviço, plano de saúde para aposentados, além de reajuste do auxílio-localidade e no vale-alimentação.

Resumo da greve

A data-base da categoria é no dia 1º de março de cada ano, de acordo com a Lei 3.951 de 4 de novembro de 2013, mas, desde 2022 não é cumprida pelo Poder Executivo.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam) pede o diálogo com o governo do Estado desde o dia 2 de janeiro deste ano. Após muita insistência, a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALEAM) mediou uma reunião com o secretário-geral de Governo, Sérgio Littaif, no dia 8 de março. No entanto, até o dia 11 de maio, não houve retorno sobre as reivindicações. Até o dia 17, dia da instalação da greve esse contato não foi feito.

No dia 18 de maio, a ALEAM conseguiu uma nova reunião com o secretário-geral de Governo, Sérgio Littaif. A única contraproposta era a suspensão da greve. Em segundo momento, após insistência do comando de greve, ele disse que havia a possibilidade, sem garantia, de um reajuste de 8%. E que uma nova rodada poderia ser no dia 25, desde que a greve fosse suspensa, o que foi rejeitado pela categoria em assembleia no dia 22, com a participação de mais de 6 mil pessoas na capital e outros milhares no interior.

Nesse meio tempo, o Governo ajuizou Ação pedindo a suspensão da greve sob multa de R$ 30 mil/dia ao sindicato, que foi prontamente deferida pelo Tribunal de Justiça do Amazonas, no dia 15 de maio, mesmo antes da instalação da greve. Ele também pediu judicialmente o desconto dos dias de falta.

O Governo apostava na desmobilização da categoria que atualmente tem 70% das escolas paralisadas com a participação de 55 dos 62 municípios que existem no Amazonas. Passou a ameaçar os trabalhadores não só de lançar as faltas, mas também de suspender a carga complementar e até os alunos de reprovação e corte no bolsa-família pelas faltas.

No dia 24 de maio, o Governo ajuizou nova ação judicial pedindo o bloqueio de R$ 240 mil das contas do Sinteam e não há nova data para negociar.

Na última sexta-feira (26) os trabalhadores foram surpreendidos com desconto de até R$ 2 mil nos contracheques. A folha fecha no dia 15 de cada mês – e já estava fechada quando a greve iniciou no dia 17 – mas foi reaberta para o lançamento das faltas ainda no mês de maio.

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