Messias diz que vai trabalhar por uma Caixa mais humanizada

Teve início nesta sexta-feira (5) o segundo turno da eleição do representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa Econômica Federal (CEF). Apoiado pela CTB, o diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia e presidente do Conselho Deliberativo da Fenag (Federação Nacional das Associações dos Gestores da Caixa), Antônio Messias, liderou o primeiro turno, com 8059 votos (34,94% do total) e tem amplas chances de ser eleito nesta segunda rodada do pleito, que será encerrada no próximo dia 10.

Em entrevista ao Portal CTB, Messias defendeu uma representação independente dos trabalhadores e ressaltou que vai lutar por uma Caixa mais humana na relação com seus funcionários e com a sociedade. Leia a íntegra abaixo:

P- Qual a sua expectativa nesta eleição?

R- Minha expectativa é de que a gente tenha uma representação independente. Apesar de termos hoje um governo de esquerda, entendo que a representatividade dos empregados precisa ser independente. Não pode ser da mesma base política do atual presidente da Caixa. Por isto eu creio que, pela minha história, pelo meu trabalho tanto como gestor da empresa como participando dos movimentos associativos e sindicais, estou em condições de promover uma mudança substancial e contribuir para que tenhamos de novo uma Caixa mais humanizada, que cuide das pessoas. Esta é uma das grandes bandeiras minhas, interferir no processo de humanização através do Conselho de Administração.

P- Fale sobre sua plataforma

Minha plataforma principal é humanizar a gestão da Caixa, derrubar a limitação do teto da folha de 6,5%, revisar os regulamentos que prejudicaram nosso Plano de Saúde para que a gente possa efetivamente voltar a ter tranquilidade. É claro que isto não é papel do Conselho de Administração, mas quando você está em um cargo como este no relacionamento com os outros conselheiros, no dia a dia, é possível e necessário plantar uma sementinha progressista na cabeça dos que não forem e lutar junto com as entidades pelos trabalhadores e trabalhadoras, fortalecer o Funcef, brigar pela questão do contencioso e por maior transparência e contribuir no máximo que puder para que a gente tenha uma empresa rentável, mas acima de tudo que cuide das pessoas, seja de seu público interno ou do seu público externo, com mais contratações, com equalização para que a gente possa assegurar que a Caixa cumpra com seu papel como banco público.

P- O que os trabalhadores e o povo devem esperar da Caixa neste governo Lula?

R- Para nós, o governo Lula junto à Caixa é só alegria. É um presidente que já foi experimentado, que cuidou do saneamento, da habitação, que cuidou principalmente das pessoas mais necessitadas. Eu creio que a Caixa, como um banco público, precisa ter este olhar para o cidadão menos favorecido, para as micro e pequenas empresas, para que possa ajudar a fomentar a nossa economia, como fez em momentos de crise quando foi chamada à responsabilidade. Então, minhas expectativas são as melhores possíveis, de que a Caixa volte a ser o grande banco que é e que pare de sofrer ameaças de privatização e de destruição do seu patrimônio. Espero tudo de melhor deste governo na parceria com a Caixa Econômica.