Inflação com Bolsonaro é a pior para o mês em 21 anos

O custo de vida no Brasil continua a crescer sob o governo Jair Bolsonaro. Em agosto, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que é considerado a inflação oficial do País) disparou 0,87%, conforme informações divulgadas nesta quinta-feira (9) pelo IBGE.

É maior alta para um mês de agosto desde 2000. Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 9,68%.  Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, nada menos que oito registraram alta em agosto. A maior variação (1,46%) e o maior impacto (0,31 p.p.) vieram dos Transportes.

O resultado dos Transportes (1,46%) foi influenciado pela alta dos combustíveis (2,96%), acima da registrada no mês anterior (1,24%). A gasolina subiu 2,80% e teve o maior impacto individual no índice do mês (0,17 p.p.). Os demais combustíveis também subiram: etanol (4,50%), gás veicular (2,06%) e óleo diesel (1,79%).

Houve também altas no transporte por aplicativo (3,06%) e do ônibus intermunicipal, que subiu 0,62% em decorrência dos reajustes de 10,67% nas tarifas em Salvador (3,13%), a partir de 28 de julho, e de 5,82% nas tarifas em Belo Horizonte (0,94%), a partir de 17 de agosto. Sem contar a contribuição residual referente ao reajuste de 4,83% nas tarifas em Porto Alegre (1,87%) a partir de 1º de julho.

A segunda maior contribuição (0,29 p.p.) veio de Alimentação e bebidas (1,39%), que acelerou em relação ao mês anterior (0,60%). Nesse grupo, a alta ficou acima da registrada no mês anterior (0,60%). A alimentação no domicílio passou de 0,78% em julho para 1,63% em agosto, principalmente por conta das altas da batata-inglesa (19,91%), do café moído (7,51%), do frango em pedaços (4,47%), das frutas (3,90%) e das carnes (0,63%).

A alimentação fora do domicílio (0,76%) também acelerou em relação a julho (0,14%), principalmente por conta do lanche (1,33%) e da refeição (0,57%), cujos preços haviam subido 0,16% e 0,04% no mês anterior, respectivamente.

No grupo Habitação (0,68%) o resultado foi influenciado pela alta da energia elétrica (1,10%), que desacelerou em relação ao mês anterior (7,88%). O resultado é consequência dos reajustes tarifários de 9,60% em Vitória (10,49%) e de 8,92% em Belém (6,85%), ambos a partir de 7 de agosto, além da contribuição residual referente ao reajuste tarifário de 11,38% em uma das concessionárias em São Paulo (0,43%), a partir de 4 de julho. Além disso, a bandeira tarifária vermelha patamar 2, que adiciona R$ 9,492 a cada 100 kWh consumidos, vigorou nos meses de julho e agosto.

Ainda em Habitação, os preços do gás encanado (2,70%) e do gás de botijão (2,40%) também subiram. No subitem gás encanado, houve reajustes tarifários de 10,80% em Curitiba (9,73%), e de 5,71% no Rio de Janeiro (5,14%), ambos a partir de 1º de agosto. Destaca-se também a variação da taxa de água e esgoto (-1,02%), por conta da mudança na metodologia de cobrança das tarifas em Belo Horizonte (-13,73%), a partir de 1º de agosto. Por outro lado, houve reajustes tarifários de 11,93% em Recife (3,58%), vigente desde 19 de agosto, de 9,07% em uma das concessionárias em Porto Alegre (2,31%), vigente desde 14 de agosto, e de 1,62% em Campo Grande (1,32%), ocorrido em 24 de julho.

Com informações do IBGE