Nesta quarta-feira (05), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), com as demais centrais sindicais e os movimentos sociais entregaram um pedido de exoneração do Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em Brasília. Essa ação demonstra a insatisfação e a preocupação das centrais sindicais em relação às políticas adotadas pelo Banco Central e a gestão de Roberto Campos Neto.
Desde que assumiu o cargo, Campos Neto tem promovido uma série de medidas que, têm prejudicado a classe trabalhadora, além de não diminuir a taxa de juros. “Temos hoje a maior taxa de juros reais de todo o mundo, ditada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que é comandado pelo presidente do BC. Não há teoria que justifique isto, uma vez que a inflação está em queda e na medida em que declina cresce a taxa real de juros ainda que se mantenha no índice nominal”, disse Adilson Araújo, presidente da CTB.
As centrais sindicais apontam que as políticas econômicas implementadas pelo Banco Central sob a liderança de Campos Neto têm resultado em altas taxas de desemprego, precarização do trabalho, diminuição dos direitos trabalhistas e aumento da desigualdade social e as políticas monetárias restritivas adotadas pelo Banco Central têm impactado negativamente no crescimento econômico e na recuperação do país. “As altas taxas de juros constituem, hoje, o principal obstáculo à recuperação e ao crescimento da economia brasileira. Funcionam como um veneno para as atividades produtivas, deprimindo o consumo e os investimentos, comprometendo a expansão do PIB e a geração de postos de trabalho”, ressaltou Adilson.
Ao entregarem o pedido de exoneração a Rodrigo Pacheco, as centrais esperam que haja uma análise mais aprofundada das ações e políticas implementadas pelo Banco Central, levando em consideração os impactos diretos sobre os trabalhadores e a economia como um todo.