Margaridas se reúnem com ministros, revisam pautas e pretendem levar 200 mil mulheres a Brasília em agosto

As oficinas de construção dos cadernos de estudos da 7ª Marcha das Margaridas, que será realizada entre 15 e 16 de agosto, em Brasília, foram encerradas nesta quinta-feira (26) após debates e colaboração de diversas representantes de entidades e organizações parceiras.

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) integra a coordenação nacional que prepara a edição da mobilização deste ano.

“Nós tivemos, do dia 24 ao dia 26, várias oficinas para discutir e fazer modificações e acréscimos nos cadernos da marcha passada. Foi um grande trabalho em que debatemos questões como o machismo, o sexismo e a violência, mas também a democracia, a soberania popular, justiça ambiental, segurança alimentar e a participação e perspectivas das mulheres, sobretudo as trabalhadoras do campo, das periferias e da floresta. Este ano nós pretendemos levar 200 mil mulheres a Brasília”, projetou a secretária da Mulher Trabalhadora da CTB, Celina Alves Padilha Arêas.

Com agenda intensa pela capital federal, as integrantes também se reuniram com autoridades para apresentar e dialogar sobre o evento, que terá como tema este ano “Margaridas em Marcha pela reconstrução do Brasil e pelo bem viver”.

Elas foram recebidas pelos ministros do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, e da Mulher, Cida Gonçalves, pela secretaria-executiva da Secretaria Geral da Presidência, Maria Fernanda Coelho, e pela deputada federal Sâmia Bonfim (PSOL-SP).

De acordo com a secretária de Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), Mazé Morais, o grande destaque da Marcha é a força coletiva da mulher do campo, da floresta e das águas. “Nós, Margaridas, temos consciência da nossa missão pela reconstrução do Brasil, com democracia e soberania popular, justiça e livre de violência. Depois do golpe político que tirou injustamente a presidenta Dilma Rousseff e dos últimos governos marcados por retrocessos e a exclusão de direitos, programas e políticas públicas das mulheres, nossa luta segue ainda mais forte para enfrentar as desigualdades de gênero, de classe e de raça, e contra tudo que nos ameaça à vida”, salientou.

As Margaridas também enalteceram decisões importantes do novo Governo Lula, como o retorno do Ministério da Mulher e do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e da implantação dos Ministérios dos Direitos Humanos, da Igualdade Racial e dos Povos Indígenas.