‘Pedimos punição pelo rombo de R$ 40 bi e proteção dos empregos’, diz dirigente da CTB

O presidente do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro e dirigente nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Márcio Ayer, classificou como “de suma importância” o ato nacional unificado das centrais sindicais e confederações em defesa dos empregos e da preservação dos direitos dos funcionários das Lojas Americanas.

A mobilização foi realizada na Cinelândia, no centro da capital fluminense, nesta sexta-feira (3), e contou com a participação da CTB, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Força Sindical (FS), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Confederação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs-CUT) e Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC).

“Pedimos punição aos responsáveis pelo rombo de mais de R$ 40 bilhões e a proteção dos empregos e dos direitos. São mais de 44 mil trabalhadores internos e o número chega a mais de 100 mil contando os indiretos. Vamos fortalecer essa luta em defesa dos trabalhadores e dos seus empregos”, destacou Ayer, na manifestação.

Na ação civil pública ajuizada na 8ª Vara do Trabalho de Brasília, as centrais buscam garantir que o patrimônio pessoal dos acionistas de referência Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles possa ser executado independentemente do processamento da recuperação judicial. A medida também pretende assegurar que aquelas pessoas que lutam na Justiça do Trabalho para conseguir receber seus direitos não se prejudiquem com o processo de recuperação judicial ou com a eventual falência da rede varejista. Atualmente, há quase 17 mil ações trabalhistas contra empresas do Grupo Americanas, o que representa um valor total de R$ 1,53 bilhão.

“A CTB está no Rio de Janeiro, junto com todas as centrais sindicais e o Sindicato dos Comerciários, para prestar solidariedade aos trabalhadores e trabalhadoras das Lojas Americanas. Não passará ileso esse comportamento dos seus donos contra os trabalhadores e trabalhadoras. Nós vamos ficar firmes na luta”, advertiu a secretária de Juventude da CTB, Bia Calheiro.

A empresa pediu recuperação judicial, sob alegação de “inconsistências contábeis”, logo após divulgar uma dívida de R$ 41,2 bilhões a 7.720 credores oficiais, entre bancos e fornecedores. A empresa conta com mais de 1,7 mil unidades em atividade no país.