Debate sobre o futuro dos BRICS reúne Prabir Purkayastha e Elias Jabbour

A CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) marca presença no Fórum Popular dos BRICS, que ocorre do 18 a 22 de outubro. O secretário-adjunto de Políticas Sociais cetebista, Carlos Rogério Nunes, será um dos coordenadores do painel “Os Excluídos do Capitalismo – Refugiados, Imigrantes Desterritorializados”.

Sob responsabilidade da Alba Movimentos (Articulación de Movimientos Hacia el Alba – Brasil), a atividade acontece nesta terça-feira (19), às 10h15, por videoconferência. Foram convidados dois expositores: Prabir Purkayastha, presidente do Movimento de Software Livre da Índia e editor do jornal indiano Newsclick; e Elias Jabbour, professor de pós-graduação em Ciências Econômicas e Relações Internacionais da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e membro do Comitê Central do PCdoB.

Os BRICS consistem num bloco de países emergentes. Seus membros – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – respondem por 42% da população mundial, 23% do PIB e 18% do comércio global. Já o Fórum Popular dos BRICS se define como um “fórum paralelo” com representantes dos movimentos popular e sindical desses cinco países. Seu objetivo é “discutir, analisar, questionar e buscar alternativas para as agendas que estão sendo antidemocraticamente empurradas” para os povos.

Nos painéis do fórum, os organizadores pautam três perguntas como eixos do debate: qual a relevância do BRICS na atual ordem internacional? O BRICS como bloco pode ser uma alternativa ao imperialismo e à hegemonia global do dólar? Como as políticas externas nacionais dos países do BRICS interferem no BRICS como um bloco?

“A ideia original dos BRICS era formar um polo de resistência ao imperialismo norte-americano – um contraponto a essa hegemonia. Mas, em países como o Brasil e a Índia, emergiram governos mais alinhados aos Estados Unidos, o que reduziu a força e a visibilidade dos BRICS”, explica Rogério. “Os movimentos precisam acompanhar as mudanças e entender essa nova conjuntura. O Fórum Popular dos BRICS nos ajuda a compreender a realidade do bloco.”