Ceará: eleição no Seeaconce terá chapa única da CTB

O Seeaconce (Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio, Conservação, Administração de Imóveis, Condomínios e Limpeza Pública do Estado do Ceará) vai mudar de direção. A entidade – que é filiada à CTB – convocou a eleição de sua nova diretoria para os dias 6, 7 e 8 de dezembro.

Desta vez, haverá apenas uma chapa na disputa. Encabeçada por Maria da Penha Mesquita de Sousa (atual secretária de Assuntos Jurídicos do sindicato), a Chapa 1 – Unidade, Experiência e Luta é apoiada pela CTB e pela FetrahNordeste.

“Os desafios que nos esperam para a gestão do Seeaconce serão do tamanho de uma montanha. Não há nenhum sinal no horizonte de dias melhores e de mais facilidades para os trabalhadores”, afirma Penha. Por isso, segundo a dirigente, é preciso apostar na atividade sindical. Para fortalecer o sindicato, ela defende, como prioridade, “a ampliação do número de filiados e a efetiva participação da categoria”.

“O diferencial do Seeaconce é a nossa ligação direta e cotidiana com os trabalhadores. Nós os visitamos cotidianamente, em todos os cantos do estado, todos os dias, sem exceção”, acrescenta a sindicalista. “Não temos dúvidas de que nossa gestão, como a atual, será antes de tudo de resistência – mas também de busca de novas conquistas.”

O presidente do sindicato, Josenias Gomes Pereira, lembra que a atual gestão teve início em março de 2018, já sob a vigência da reforma trabalhista do governo Michel Temer. “Essa lei promoveu a total desproteção dos trabalhadores”, diz ele, agregando que o cenário se agravou com a gestão Jair Bolsonaro.

“O presidente da República é inimigo dos trabalhadores. Basta dizer que sua primeira medida como presidente foi a extinção do Ministério do Trabalho, que representava instrumento mínimo de proteção de seus direitos”, denuncia. Embora as dificuldades tenham crescido com a pandemia da Covid-19, Josenias faz um balanço positivo da atuação da diretoria do Seeaconce.

“Nossa gestão traz como marca maior a resistência a todas as formas de ataques e, em especial, aos trabalhadores. Claro que sofremos derrotas – mas obtivemos vitórias marcantes e essenciais”, afirma. “Conseguimos manter o sindicato em pleno funcionamento e preservamos as principais e históricas conquistas da categoria, asseguradas pela convenção coletiva. Não deixamos de prestar nenhum serviço essencial.”