Atlas acertou 1º turno e agora mostra percentuais parecidos com os trankings do PT. Ipespe divulgou levantamento nesta sexta-feira (14) apontando Lula batendo o líder da extrema direita brasileira pelo placar de 53% a 47%
Uma das pesquisas que acertou o resultado do primeiro turno entre Lula e Bolsonaro – o instituto Atlas – divulgou na quinta-feira, 13, uma nova rodada sobre a corrida presidencial, a primeira que fez no segundo turno.
Confira o resultado.
Votos válidos
Lula (PT): 52,4%
Jair Bolsonaro (PL): 47,6%.
O placar do 1º turno foi de 48,4% a 43,2% em votos válidos.
A pesquisa entrevistou 4.500 pessoas via online entre 8 e 12 de outubro. A margem de erro é de 1 ponto percentual, para mais ou para menos. Foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-06012/2022.
Em relação aos votos totais, Lula tem 51,1% dos votos, contra 46,5% de Bolsonaro. A parcela da população que não sabe, ou que vota nulo e branco soma 2,4%.
Ipespe aponta diferença de 6%
Ipespe: Lula tem 49% em votos totais, e Bolsonaro aparece com 43%. Excluindo brancos, nulos e indecisos, Lula lidera com 53%, enquanto Bolsonaro tem 47%. Vantagem se concentra entre eleitores menos interessados no pleito
Leia abaixo matéria do jornalista Marcos Mortari para o InfoMoney
A 16 dias do segundo turno, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue à frente do presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa pelo Palácio do Planalto. É o que mostra nova rodada da pesquisa Ipespe, divulgada nesta sexta-feira (14).
O levantamento, realizado entre os dias 10 e 12 de outubro, indica que Lula tem 49% das intenções de voto totais. Já Bolsonaro aparece com 43%. Eleitores que afirmam que votariam em branco, nulo, nenhum dos candidatos ou que ainda não decidiram o voto somam 8% dos entrevistados.
A pesquisa mostra que Lula vai melhor na região Nordeste (62% a 29%), entre as mulheres (54% a 36%), eleitores com idade entre 16 e 34 anos (53% a 40%), escolaridade até o Ensino Fundamental (60% a 30%), renda familiar mensal de até 2 salários mínimos (60% a 31%) e de religião católica (54% a 37%).
Já Bolsonaro tem seu melhor desempenho na região Sul (53% a 40%), entre os homens (51% a 43%), com Ensino Superior (54% a 39%), renda familiar mensal superior a 5 salários mínimos (53% a 40%) e de religião evangélica (63% a 29%).
Considerando apenas os votos válidos (ou seja, excluindo eleitores que não indicam voto em um dos candidatos), Lula lidera com 53%, enquanto Bolsonaro tem 47%. Isso significaria um salto de 4,83% do petista e de 3,54% do atual presidente do primeiro para o segundo turno.
Entre eleitores que dizem ter votado em outros candidatos no primeiro turno, 49% dos que escolheram a senadora Simone Tebet (MDB) hoje votam em Lula, enquanto 26% indicam que votarão em Bolsonaro no segundo turno – mesmo percentual dos que anulariam o voto.
No caso dos eleitores do ex-ministro Ciro Gomes (PDT), a diferença é menor: 38% a 31% a favor de Lula. Vale destacar, contudo que, como a amostra da pesquisa é de 2.000 entrevistados e a votação da dupla não chegou a 8% dos votos válidos no primeiro turno, a margem de erro para esses grupos de eleitores é muito elevada – o que gera flutuações mais abruptas de um levantamento para outro.
Na pesquisa espontânea (quando os nomes dos candidatos não são apresentados aos entrevistados), Lula tem 46% das intenções de voto totais, enquanto Bolsonaro aparece com 41%. Os “não votos” somam 12% do eleitorado.
O Ipespe também capturou o interesse dos brasileiros nesta eleição – variável que pode dar pistas sobre a abstenção no dia 30 de outubro. Segundo o levantamento, chegou a 66% o grupo dos entrevistados que dizem ter muito interesse no pleito – maior patamar da série histórica, superando em 11 pontos percentuais a marca pré-primeiro turno.
Dividindo os respondentes entre eleitores que declaram voto em Lula e em Bolsonaro, verifica-se que o primeiro tem maior exposição aos menos interessados na disputa – em tese, o grupo com maior risco de não comparecer às seções eleitorais.
Dos 49% de entrevistados que indicam voto em Lula, 9 pontos percentuais são formados por quem diz não ter interesse ou ter pouco interesse nesta eleição. No caso de Bolsonaro, dos 43% de apoiadores, esses grupos respondem por 5 pontos percentuais.
O Ipespe realizou 2.000 entrevistas telefônicas com eleitores de todas as regiões do país. A margem de erro máxima estimada é de 2,2 pontos percentuais com um intervalo de confiança de 95,5% − o que significa que, se a mesma pesquisa fosse refeita nas mesmas condições e período, esta seria a probabilidade de o resultado se repetir dentro da margem de erro.
A pesquisa foi contratada pela XP Investimentos e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-07942/2022.