O Brasil voltou ao Mapa da Fome. Isso significa que milhões de brasileiros estão passando fome. Segundo a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar, 19 milhões de pessoas passam fome, e 116 milhões estão em algum grau de insegurança alimentar, ou seja, não sabem o que vão comer na próxima refeição.
Essa situação desesperadora pede mobilização social, uma vez que vivemos sob um governo de ultradireita que retirou direitos e garantias da classe trabalhadora. É neste sentido, que os movimentos populares lançaram a “Campanha Contra a Carestia”, e a CTB faz parte desta iniciativa.
Segundo Antônio Pedro de Souza, o Tonhão, diretor da Facesp – Federação das Associações Comunitárias do Estado de São Paulo e Coordenador da “Campanha Contra a Carestia”, a campanha tem, por enquanto, uma Coordenação provisória, em São Paulo, que começou a encaminhar um conjunto de reuniões, atividades e lives, a fim de ampliar o movimento para construir coordenações regionais.
“A Campanha Contra a Carestia é um movimento que já ocorreu em outros momentos da história, como em: 1913, 1953, 1973 e agora em 2021. Seu contexto tem em comum, o alto custo de vida e salários corroídos pela inflação. Outro fenômeno que acompanha essa desvalorização do trabalho é o desemprego”, explica Tonhão.
De acordo com o coordenador, a CTB vai participar como parceira e apoiadora. “A CTB vai contribuir com o debate com os trabalhadores nos sindicatos. Tanto a CTB, quanto as outras centrais, têm muito a contribuir com esse movimento que é originário de um movimento popular comunitário”.
Os movimentos populares, como o movimento de moradia, de mulheres, movimento negro e movimento estudantil, entre outros, são os responsáveis por fazer a campanha chegar aonde precisa: nos bairros pobres e periferias do país. A união entre a Central e os movimentos populares é o que vai garantir a ampliação e fortalecimento da campanha que busca aplacar a fome.